Flamengo vence com assinatura de Jorginho em estreia tranquila no Mundial e começa a preparar vida sem Gerson

Um novo Flamengo, ainda fiel às suas características, abriu a participação no Mundial de Clubes da Fifa com vitória por 2 a 0 e atuação regular diante do Espérance, da Tunísia, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia. Em ritmo de treino, o Rubro-negro dominou o representante africano e apresentou suas credenciais no grupo D como favorito à próxima fase.

O resultado ficou barato, mas foi suficiente para tomar a liderança do Chelsea, que venceu o Los Angeles pelos mesmos dois gols — e levou mais cartões amarelos. Valeu também para consolidar a excelente fase de Arrascaeta e animar a torcida pela chegada de Jorginho, solução para repor a iminente saída de Gerson. O novo reforço iniciou a jogada do primeiro gol do uruguaio e deu passe perfeito para Luiz Araújo completar o marcador.

Filipe Luís apostou em uma formação com o meia ex-Arsenal como grande novidade. E o jogo passou pela saída de bola de muita categoria do camisa 21. Jorginho aumentou ainda mais o nível de construção das jogadas, tanto na linha defensiva ao lado dos zagueiros como mais à frente, junto a Pulgar. Com ele em campo, o Flamengo se tornou ainda mais cerebral. Sem pressão do ataque adversário, os cariocas começaram em cima, como se estivessem jogando no Maracanã.

Capitão teve participação tímida

Gerson, com saída encaminhada para o Zenit, teve participação mais tímida. Vaiado na escalação, atuou como meia mais aberto, apoiando as subidas de Varela, outra novidade de Filipe Luís, no lugar de Wesley. O lateral uruguaio alternava as subidas com Ayrton Lucas, que também apareceu na equipe em função da ausência de Alex Sandro, preservado pelo desgaste durante a data Fifa. No primeiro gol, Varela foi ao fundo, virou o jogo para o outro lado, e Luiz Araújo escorou para Arrascaeta, que vinha de trás, tocar de primeira para a rede.

A fragilidade do adversário, ilustrada pela esmagadora posse de bola do Flamengo, que somou mais de 70% na etapa inicial, fez a equipe tirar o pé do acelerador depois do gol. Controlando as ações a média pressão, não subiu a linha e não sufocou o adversário, desperdiçando a chance de resolver o jogo ainda no primeiro tempo. Fora o gol e uma cabeçada de Léo Ortiz, demorou para o Flamengo criar novas chances claras. Faltou contundência.

O problema foi justamente acelerar quando havia um passe vertical na direção de Arrascaeta e Pedro. Normalmente, Wesley é que vem de trás em velocidade para combinar jogadas. Varela, embora ágil, é mais associativo, e era esperado pelos homens de frente para tabelas. Pedro, isolado, pouco apareceu. Teve duas chances no começo do segundo tempo e também desperdiçou. O Esperánce não se deu por morto. Atacou mais o Flamengo e deu sustos justamente nas saídas em velocidade pelos lados, acordando a animada torcida africana. Mas a dificuldade fez Filipe Luís mudar, tardiamente. Com Bruno Henrique e Luiz Araújo abertos e Plata no ataque, o time fez a pressão final e matou o jogo.

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Fonte: O Globo
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