Flamengo vê público e renda caírem pela metade em comparação a início de 2024

Para muitos, a explicação está na majoração dos preços dos ingressos para os rubro-negros que frequentam o setor norte das arquibancadas do Maracanã em dias de jogos do Flamengo e não têm o plano de sócio-torcedor. O setor é reconhecidamente o mais popular do estádio, onde ficam as principais uniformizadas. O preço do ingresso naquele setor subiu de R$ 40 para R$ 80, gerando impacto significativo, ainda que o time tenha feito apenas três jogos no Rio de Janeiro.

Seis dos nove primeiros jogos do Carioca foram disputados fora do Estado, com o clube vendendo a receita da bilheteria por valores fixos. Partidas realizadas em Sergipe, Paraíba, Maranhão (2), Brasília e Uberlândia onde o promotor dos jogos estabeleceu valores de ingressos com preços que chegaram a R$ 300. Dos três jogos no Maracanã, dois foram os clássicos (um deles sem o mando de campo) e um com o Sampaio Correia — os três com bilhete na Norte a R$ 80 para o público em geral.

O menor público do Flamengo no Maracanã nos jogos do Estadual em 2024 foi o de 35.713 nos 4 a 0 sobre o Boavista. Levou 42.473 contra o Volta Redonda; 56.213 no clássico com o Vasco; 44.083 no confronto com o Botafogo; e 55.401 no Fla-Flu. Este ano, o jogo contra o Sampaio Corrêa atraiu 20.455 pessoas e os dois clássicos tiveram média de 35.651 presentes. Um público médio bem abaixo dos 51.934 verificados nos três clássicos da Taça Guanabara de 2024.

Ou seja: Luiz Eduardo Baptista, o BAP, precisa rever urgentemente a política de precificação dos ingressos dos jogos do Flamengo. É conhecida a intenção dele de redividir o Maracanã, com criação de setores populares, mas a visão elitista não chega a surpreender os torcedores. Por ora, a resposta pode ser medida na bilheteria. Em 2024, os nove primeiros jogos arrecadaram R$ 25.880.814,50, mais do que o dobro dos R$ 12.903.551,50 faturados este ano. Estranho…