Flamengo vai pressionado para o clássico contra o Botafogo; entenda

A quatro meses de um novo pleito presidencial na Gávea, a notícia corou a face de muitos. E por um motivo simples: as receitas de marketing com patrocinadores e licenciamentos são apenas uma das cinco fontes de faturamento do clube, ao lado da arrecadação com bilheteria e premiações, venda de direitos econômicos e federativos, cota de televisão e mensalidades associativas. Ainda há a expectativa da entrada de novas receitas nesta pasta.

Ou seja: o Flamengo pode até não ser o “papa títulos” que o seu torcedor deseja. Mas segue em curva ascendente nas finanças, podendo alcançar já neste ano o faturamento de R$ 1,5 bilhão — cerca de 10% a mais do que arrecadou em 2023. Como se não bastasse, o próximo presidente será o primeiro da história a herdar um Mundial da Fifa para expor a marca do clube sem a necessidade de conquista do título da Libertadores.

Trago tais fatos para ilustrar o quão importante e decisivo é o momento do time comandado por Tite. O entendimento na Gávea é o de que nos próximos três meses os jogos valerão também a continuidade da gestão Rodolfo Landim no próximo triênio — ainda que a caneta presidencial possa estar nas mãos do atual vice-presidente geral e jurídico, Rodrigo Dunshee. E Tite sabe que sua permanência no ano do Mundial está veiculada ao prosseguimento dessa gestão.

Portanto, mesmo desfalcado de importantes referências, e diante de um rival hoje estruturado para brigar tanto no Brasileiro como na Libertadores, o Flamengo entra em campo para o clássico no Nilton Santos sob pressão. E é disso que o Botafogo de Artur Jorge tentará tirar proveito para seguir líder, e emocionalmente fortalecido visando ao embate com o Palmeiras, na próxima quarta-feira, pela Libertadores.