O Flamengo usou o canhão de suas redes sociais para explorar ao máximo a imagem do técnico Tite junto à diretoria, especialmente ao vice de futebol Marcos Braz.
Nas primeiras horas desde o anúncio do novo treinador, o clube priorizou as suas mídias, onde proliferaram imagens de Tite, entre fotos e vídeos, em seu primeiro dia de trabalho.
Ao seu lado, na maioria das vezes, quem apareceu foi Marcos Braz, que aproveitou a troca de comando técnico para capitalizar em cima de sua imagem, recentemente desgastada dentro e fora do clube.
O vice de futebol foi pivô de uma briga com um torcedor do Flamengo nas últimas semanas, em um shopping no Rio, e também vinha sendo hostilizado nas viagens da delegação e no Maracanã.
Desde a saída de Sampaoli, várias correntes no clube cobraram que a reformulação fosse além da troca de técnicos, mas até o fim de 2023 não há qualquer sinal de mudanças na estrutura.
A chegada de Tite e a presença de Braz ao seu lado, das negociações até a assinatura de contrato, com anúncio do próprio dirigente, deixam claro a ideia de aliar a imagem do dirigente à do técnico.
No Ninho do Urubu, Braz foi o responsável pelo "tour" do novo comandante pelas instalações do Centro de Treinamento, e apareceu em fotos e vídeos ao lado de Tite, enquanto o técnico enaltecia o clube.
Entre as imagens, a dupla posou junta com o treinador segurando a camisa 12, em alusão à torcida rubro-negra. Dentro do CT, Braz, de terno, exibiu a estrutura de primeiro mundo.
Além de Braz, também apareceram como suporte ao novo trabalho que se inicia outras figuras criticadas no dia a dia, como os gerentes Fabinho Soldado e Juan.
O diretor Bruno Spindel, que também esteve à frente das negociações ao lado de Braz, ficou mais discreto, sem posar com Tite ou algo do tipo.
O presidente Rodolfo Landim, por sua vez, sequer foi ao Ninho do Urubu no primeiro dia do técnico. Ele participou da negociação e deve estar presente na apresentação do treinador na próxima semana.
Vale lembrar que Tite é o décimo técnico da gestão atual. O clube gastou, desde 2019, quase R$ 50 milhões em multas rescisórias, mas algumas trocas levaram a títulos importantes.