O Flamengo é o melhor time do Brasil e isto se deve ao trabalho de Jorge Jesus reunido ao melhor elenco que ele já dirigiu, como ele próprio afirmou há uma semana. Ter Diego Alves, Rafinha, Filipe Luís, Gérson, Éverton Ribeiro, Gabriel, Bruno Henrique e De Arrascaeta explica muito do grande futebol conquistado pelo rubro-negro e seu treinador. Mas o ambiente criado no Maracanã desde julho faz parte deste cardápio.
Antes de entrar em campo contra a Portuguesa, o Flamengo vinha de 27 partidas sem derrota no Maracanã sob o comando de Jorge Jesus -- com Mauricio Souza perdeu para o Fluminense com o time sub-23. Destas 27 partidas, 25 tiveram mais de 50 mil torcedores. A última vez que o Flamengo jogou, com portões abertos, time titular e Jorge Jesus no banco, para menos de 50 mil foi contra o Botafogo, em 28 de julho de 2019 (Eric Faria me lembra de Cabofriense x Flamengo, mas nesse jogo havia dez reservas e Gabigol escalado).
Flamengo x Portuguesa — Foto: André Durão
Criou-se, então, uma incrível simbiose entre o campo e a arquibancada, quebrada na noite de sábado pela precaução contra o coronavírus. Com transmissão ao vivo do Globoesporte.com, mas com arquibancadas vazias, o Flamengo foi irreconhecível. Venceu e mereceu por causa do volume de jogo, da insistência. Mas foi como se os rubro-negros estivessem um pouco desligados com o Maracanã em modo silencioso.
A jogada de Vitinho no primeiro gol e o segundo marcado por De Arrascaeta mantiveram a invencibilidade de 28 partidas no Maracanã. Mas poucos times vão deixar tão claro que a razão de ser do futebol é a torcida.