Para finalizar o processo de mediação da compra do terreno do Gasômetro, o Flamengo teve a concordância de todos os envolvidos no processo que visa um acordo para encerrar o caso na Justiça.
O prazo foi prorrogado de janeiro para março e até lá o clube tem tempo para estruturar um novo plano sobre o estádio. Tanto em relação ao terreno, quanto ao custo da obra.
Por que houve a prorrogação
A nova diretoria assumiu o Flamengo em janeiro, com uma transição conturbada, e não conseguiu se debruçar em nada do que foi acordado pela administração anterior com os entes envolvidos.
O grupo do presidente Luiz Eduardo Baptista, então, indicou precisar de mais tempo. E houve sinal verde da Prefeitura, diretamente interessada na empreitada, da Caixa, e da Advocacia Geral da União.
A entrave colocado pela Agenersa, que regula o setor de gás no Estado, é para garantir que a tubulação que atende 400 mil usuários seja retirada e a transferência custeada pelo dono do estádio.
Quem paga a conta
O Flamengo entende que a agência está no papel dela de evitar que o Estado abrace a despesa, sobretudo por que há interesse na renovação da concessão da Naturgy.
O problema é que em 15 de novembro de 2024 o Flamengo endureceu o discurso. Em ofício assinado pelo presidente Rodolfo Landim, o clube afirmou que não aceitará ser impedido de construir o estádio.
Derrotado nas eleições do clube, Landim deu lugar a Bap e seus pares, que tomam as rédeas das negociações com os entes envolvidos e sabem que o estádio é importante para todos.
Após um novo estudo de viabilidade, que deve ficar pronto até março, a nova diretoria vai retomar a mediação para fechar o termo final do acordo, de acordo com o edital de leilão do terreno.
Sem devolução do terreno prevista
Não existe nesse momento nenhuma movimentação para não finalizar essa mediação. O que os dirigentes alegam é que da forma como foi feito não se poderia ir adiante sem saber dos custos.
O Flamengo já pagou à vista R$ 146 milhões para comprar o terreno do Gasômetro, R$ 138,2 milhões no leilão e mais R$ 7,8 milhões depositados após perícia a pedido da Caixa.
Com a operação aprovada pelo Conselho Deliberativo do clube por quase unanimidade, a nova direção já indicou que o estádio deverá sair, mas não necessariamente em 2029.