Flamengo solicita efeito suspensivo para liberar Bruno Henrique de suspensão de 12 jogos

Na noite desta terça-feira, o departamento jurídico do Flamengo protocolou um pedido de efeito suspensivo com o intuito de liberar Bruno Henrique da suspensão de 12 jogos imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O objetivo do clube é contar com o atacante já na partida contra o Juventude, marcada para este domingo (14), pelo Campeonato Brasileiro.

Contexto da suspensão

Bruno Henrique foi julgado em primeira instância na última quinta-feira e, além da suspensão, foi condenado a pagar uma multa de R$ 60 mil. O jogador foi punido por ter forçado um cartão amarelo em uma partida, com o intuito de beneficiar apostadores, conforme apurado em 2023. A decisão do STJD foi tomada por maioria de votos, 4 a 1, com base no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata da conduta contrária à ética desportiva e à influência no resultado das partidas.

Divergências sobre a suspensão

A defesa de Bruno Henrique e os advogados do Flamengo pretendem levar o caso ao Pleno do STJD, que representa a segunda e última instância do órgão. Se o pedido de efeito suspensivo for aceito, o jogador poderá atuar até que um novo julgamento ocorra. Inicialmente, a pena aplicada pelo STJD se restringe às partidas do Campeonato Brasileiro. No entanto, o relator do caso, Alcino Guedes, mencionou a possibilidade de extensão da pena para competições internacionais, como a Libertadores.

Acusações e implicações

Bruno Henrique foi acusado de compartilhar informações sobre o cartão amarelo que recebeu em um jogo contra o Santos, realizado no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no dia 1º de novembro de 2023. O episódio teria beneficiado seu irmão, Wander, que, segundo as investigações, repassou as informações a amigos. Além de Bruno e Wander, outras pessoas também foram denunciadas e condenadas pelo STJD, incluindo Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Reis e Douglas Barcelos. Embora também tenham sido mencionadas, Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima de Bruno Henrique, não foram alvo das sanções do tribunal.

Com otimismo em relação ao pedido de efeito suspensivo, o Flamengo aguarda a decisão da Justiça, que poderá permitir a presença de Bruno Henrique em campo já no próximo domingo.