Flamengo revê segurança em Brasília e Secretaria pode pedir veto às organizadas

O planejamento do Flamengo de mandar jogos em Brasília, para compensar a perda financeira sem o Maracanã, pode vir a ser um tiro a sair pela culatra. Sem estrutura capaz de receber grandes jogos entre torcidas rivais, o estádio Mané Garrincha pode ser interditado, após pedido do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

A procuradoria da entidade se baseou na confusão entre torcedores de organizadas de Palmeiras e Flamengo, no domingo — 21 palmeirenses foram detidos e três rubro-negros feridos —, e também pediu a perda de mando de campo por até dez jogos para ambos os clubes.

O Flamengo, operador do jogo, se defendeu e alegou que a segurança de 350 agentes privados, somada aos 350 policiais militares, era suficiente. No total, foram gastos R$ 76.440 em segurança.

Em nota, o clube culpou os palmeirenses que invadiram o setor rubro-negro para entrar em confronto. Mesma postura adotada pela Secretaria de Turismo do Distrito Federal, através do secretário Jaime Recena. Mas ele disse que pode pedir ao Ministério Público a suspensão das organizadas do estádio.

— A gente está revendo algumas situações, vamos avaliar as imagens, melhorar a operação conjunta da força pública com a força privada. E eventualmente entrar no MP pedindo ajuda e, como em outros estados, banir as organizadas — explicou.

Clube e secretaria descartam a suspensão da área mista em jogos do Flamengo e dizem que vão rever o aumento no efetivo de segurança. O Flamengo enfrenta o São Paulo, no dia 19, no Mané Garrincha. A diretoria não se posicionou sobre o veto às organizadas sugerido pela secretaria, e classificou como criminosos os palmeirenses.

“Quem vai ao estádio para tentar matar outros torcedores deve ser tratado como criminoso e responder à Justiça pelos devidos crimes cometidos”, disse o Flamengo, que teve lucro líquido de R$ 1.802,011 com a partida.

Dentro de campo, Brasília não tem gerado lucro para o clube. Desde 2014, a equipe só conquistou 17 dos 42 pontos possíveis. O mando de campo é só no papel.

Fonte: Extra