Na última quinta-feira (4), o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, recebeu uma severa punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD): 12 jogos de suspensão. A decisão foi tomada em decorrência de uma suposta infração ocorrida durante a partida contra o Santos, em 2023, onde o jogador teria recebido um cartão amarelo com o intuito de beneficiar apostadores. Ele foi enquadrado no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de manipulação de resultados.
Além da suspensão, Bruno Henrique foi condenado a pagar uma multa de R$ 60 mil. O Flamengo, por sua vez, já se mobiliza para recorrer da decisão, buscando um efeito suspensivo que permita ao atacante atuar nas próximas partidas do Campeonato Brasileiro Betano. A estratégia do clube envolve a defesa de que a ação do jogador não foi antiética.
Críticas e defesas em meio à polêmica
O comentarista Vitor Sérgio Rodrigues, da TNT, não poupou críticas à decisão do STJD, afirmando que a punição aplicada a Bruno Henrique foi branda. Segundo ele, o camisa 27 merecia uma suspensão mais severa. “Eu acho muito difícil sustentar que a equipe de Bruno Henrique não foi prejudicada quando ele tomou amarelo. Diante desse veredito, você dizer que ele não prejudicou a equipe, para mim é indefensável. Não tem argumento”, opinou Rodrigues durante o programa De Placa.
Os advogados do Flamengo conseguiram que o atleta fosse absolvido do artigo 243 do Código de Justiça Desportiva, que trata da manipulação e prejuízo deliberado a uma equipe. Se considerado culpado nesse aspecto, Bruno Henrique poderia enfrentar uma suspensão de 360 a 720 dias.
Libertadores: uma luz no fim do túnel
A punição imposta ao atacante tem validade apenas em competições nacionais, o que significa que ele está liberado para atuar pela Libertadores. Assim, Bruno Henrique poderá defender o Flamengo nas quartas de final contra o Estudiantes, da Argentina, mantendo viva a esperança da Nação Rubro-Negra.
Enquanto isso, o Flamengo também está em negociações para a permanência de jogadores como Juninho, Michael e Cebolinha, que devem continuar no clube devido à falta de propostas concretas. A situação de Bruno Henrique, no entanto, se destaca, trazendo à tona questões sobre a ética no esporte e as consequências de ações individuais em um contexto coletivo.