Luiz Eduardo Baptista, o Bap, o presidente do Flamengo, quer rediscutir o acordo firmado com a Libra. E já fez chegar à cúpula da liga que reúne 14 dos principais clubes brasileiros seu desconforto com o fim do mínimo garantido na cota do pay-per-view (PPV) que o clube recebia até o ano passado. O mandatário rubro-negro alega que o Flamengo foi o único a sair perdendo com a criação da liga e quer rever o acordado em 2023 entre a Libra e a Globo, detentora dos direitos de transmissão.
O polêmico Bap diz que o clube terá redução de cerca de R$ 100 milhões no primeiro ano do novo contrato que vai até 2029. E, ao contrário de Rodolfo Landim, seu antecessor, rejeita a alegação de que o acordo anterior, expirado em 2024, não teria mais o mínimo garantido, mesmo negociado individualmente. Bap buscará formas de reabrir essa discussão, e o primeiro passo será dado na reunião com lideranças da Libra, nesta sexta-feira, em São Paulo.
Para representá-lo, o Flamengo nomeou o executivo Marcelo Campos Pinto, que por anos foi o representante da emissora nos contratos de transmissão — tanto nos acordos com o extinto Clube dos 13, quanto nas negociações com cada clube. Lembrando que no contrato hoje firmado com a Libra, a Globo paga R$ 1,17 bilhão pelos direitos de transmissão dos jogos da Libra (cinco por rodada), com o montante dividido pelos clubes: 40% igualitariamente, 30% por desempenho técnico e 30% por audiência.