Flamengo quer Pedro, mas Fluminense recusa e prefere venda para a Europa

O Flamengo definiu Pedro como alvo para reforçar o ataque. Mas, entre rivais, o negócio não gira em torno apenas do dinheiro e o Fluminense pretende segurar o seu camisa 9. De um lado, o Rubro-Negro planeja a compra de direitos federativos para atender ao desejo de Jorge Jesus. Do outro, o Tricolor aguarda a abertura da janela europeia e não pretende vender o camisa 9 nem para o rival e nem para outro clube do país.

Após a venda de Fernando Uribe para o Santos, o Flamengo voltou a olhar para o mercado atrás de um centroavante. Após avaliação, o alvo escolhido foi Pedro - um pedido do português Jorge Jesus. Após contato com o Fluminense, os rubro-negros demonstraram interesse na compra de 70% dos direitos econômicos do atleta. A informação da negociação foi divulgada inicialmente pelo LANCE! e a compra dos direitos pelo canal Paparazzo, ambas confirmadas pelo Extra.

Só que o Fluminense não demonstrou interesse em vender o seu principal jogador para o arquirrival. Recém-empossado como presidente, Mário Bittencourt terá que tomar uma grande decisão logo no primeiro mês de mandato. A ideia é que o camisa 9 seja vendido para a Europa e o Tricolor irá aguardar a abertura da janela internacional antes de bater qualquer martelo.

Nas Laranjeiras, sabe-se que Bittencourt sequer deu atenção a proposta rubro-negra e não pretende vender Pedro para o mercado brasileiro, ainda mais para o grande rival. A venda, internamente, soaria um contrassenso ao discurso de Mário, que em campanha, declarava que o Fluminense precisa voltar a pensar grande, criticando inclusive a venda de Henrique Dourado para o Flamengo em 2018.

Apesar do interesse, o Flamengo dificilmente arcará com 50 milhões de euros da multa rescisória. E o Tricolor, a princípio, não negociará este valor com o mercado nacional. As chances de um negócio, por ora, são remotas.

O Real Madrid demonstrou interesse em Pedro na temporada passada. Inclusive, os espanhois tinham um acordo encaminhado com a cúpula do ex-presidente Pedro Abad, mas a lesão sofrida em agosto de 2018 fez com que as conversas entrassem em compasso de espera. O Fluminense também recusou uma proposta de 20 milhões de euros (R$ 94 milhões, à época) do Bordeaux e outra do Monterrey, de 15 milhões de euros (R$ 67 milhões, à época).

Ciente da vontade do Flamengo em contar com o atacante, o Fluminense sente a corda no pescoço na questão financeira e sabe que a venda poderia ajudar a sanar o problema.

Caso a proposta europeia não chegue, a venda para o Rubro-Negro não está descartada, mas tem chances muito remotas. Atualmente, o Tricolor deve o mês de abril e maio de CLT, o 13º salário e a férias de 2018 e os direitos de imagem de janeiro, fevereiro, março e abril para parte do elenco.

O staff do atleta já foi contactado pelos clubes e tenta blindá-lo das propostas - assim como a comissão técnica do Fluminense. Pedro não participa das conversas e só será consultado caso a negociação avance, para não atrapalhar o seu desenvolvimento dentro do clube.

Fonte: Extra
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