Poucas horas antes da partida contra o Liverpool pela final do Mundial de Clubes, a diretoria e o elenco do Flamengo se encontram em um impasse após o presidente Rodolfo Landim brecar o pagamento da premiação a alguns membros da comissão técnica e funcionários do clube pelos títulos do Campeonato Brasileiro e da Libertadores.
A informação foi publicada pelo G loboEsporte neste sábado.
A divisão da premiação seria de 70% do valor para o elenco e 30% para o restante dos funcionários, e o primeiro pagamento deveria ter ocorrido no último dia 20. Seriam R$ 67,2 milhões repassados como premiação, mas, no atual cenário, apenas jogadores e membros portugueses da comissão técnica, por conta de acordo com o treinador, receberiam o dinheiro, diz a reportagem.
O presidente Rodolfo Landim, em entrevista para o canal RaFla Mello em Doha, pouco depois da publicação da matéria, rebateu e minimizou a história.
Mauro Cezar: 'Flamengo tem que pagar a premiação combinada. Se é muito dinheiro, sorte dos funcionários'; assista
Ele disse que houve um "questionamento sobre o critério de rateio" e afirmou que pediu um tempo para avaliar a questão, justificando dessa maneira o atraso. O mandatário, entretanto, garantiu que a premiação "será analisada e paga".
"Está tudo perfeito, não tem discussão nenhuma com relação ao pagamento de jogador, nem de comissão técnica, os valores já estão todos certos, aprovados e eles têm conhecimento disso", declarou o presidente antes de afirmar que os critérios para o restante dos funcionários estão sendo revistos.
No entanto, o mandatário garante que a questão teve "zero de impacto em jogadores e comissão técnica".
Mas a reportagem diz que os jogadores, incomodados, saíram em defesa dos funcionários. Antes do treinamento do último sábado, Diego, Éverton Ribeiro e Diego Alves se reuniram com Marcos Braz, Bruno Spindel e Paulo Pelaipe para conversar sobre o ocorrido.
Após ser questionado sobre a situação por jogadores, Braz explicou que o clube não estava se negando a pagar e, sim, costurando um acordo.
O episódio foi contado a Jorge Jesus durante o treinamento do último sábado e causou desconforto na concentração em Doha. O treinador tentou encontrar uma solução junto a Landim, mas ainda sem sucesso.
Diretor executivo, Bruno Spindel foi chamado pelos jogadores para conversas no almoço da última sexta-feira, mas não apareceu, informou o veículo.