Com a cada vez mais iminente volta do Campeonato Carioca , que retomará sua rotina sem a presença de público, ainda que sem data definida , o Flamengo terá de superar o desafio de atuar sem uma de suas maiores armas: a Nação Rubro-negra no Maracanã.
Em 2019, ano que ficou marcado pelas conquistas do Carioca, do Campeonato Brasileiro e da Libertadores , o Flamengo fez do fator casa uma fortaleza. Em 40 jogos, foram 30 vitórias, oito empates e apenas duas derrotas, para o Peñarol e o rival Fluminense . Gabigol e companhia tiveram aproveitamento de nada menos que 81,7% como mandante.
Embalado pela arquibancada, o Flamengo deslanchou em campo e bateu seguidos recordes nas bilheterias. O clube liderou o ranking de pagantes no país, com uma média de 52.537 torcedores por jogo. As rendas representaram pouco mais de R$ 96 milhões para o clube.
"Não vão estar lá nesses primeiros jogos, mas estarão nos nossos corações. Sabemos que jogamos para uma Nação, uma Nação que nos adora", ressaltou o técnico Jorge Jesus, à "FlaTV".
Antes do estouro da pandemia da Covid-19, o Flamengo vinha mantendo seu retrospecto positivo. Uma equipe recheada por jovens da casa foi batida pelo Fluminense , em jogo válido pelo Carioca. Nos outros nove compromissos como mandante em 2020, só vitórias. Uma delas foi contra o Independiente Del Valle e valeu o título da Recopa Sul-Americana .
A crise mundial afastou time e torcida e causou um baque que será sentido nas finanças. Sem bilheterias e com a queda no programa de sócio-torcedor, a direção trabalha para minimizar os prejuízos.
"O problema da Covid afetou aspectos financeiros e econômicos. A previsão que o clube tem de receita é muito menor que a do início do ano. Mas mais uma vez o governador renovou a concessão conosco, o Flamengo conta com o Maracanã e vai poder programar seus jogos", acrescentou o presidente Rodolfo Landim.
Imagem: Alexandre Vidal/CR Flamengo