Flamengo pode virar visitante no Maracanã; Gávea é sonho

Depois de se reunir com o poder público estadual e municipal do Rio e não ter o retorno esperado, o Flamengo informa: vai passar de dono da casa a visitante no Maracanã se não puder concorrer para administrá-lo a partir do ano que vem. Com contrato em vigor até dezembro e uma dívida de R$ 26 milhões a ser paga ao atual consórcio, a diretoria colocou as cartas na mesa e quer operar o estádio com ajuda de investidores. Em nota, o clube pressionou em público as autoridades, enquanto internamente busca alternativas de longo prazo para ter sua casa própria.

A ampliação do estádio da Gávea é hoje, o projeto mais viável. Mas não estão descartados os usos de Volta Redonda e Edson Passos como alternativas ao Maracanã no Rio. Arenas como Brasília continuarão como foco de receitas, e o Maracanã poderá virar mais uma delas, esporadicamente.

- Podemos jogar um jogo ou outro como fazemos em Brasília. Mas de forma permanente não jogaremos. Não vejo como o estádio ser viável sem o Flamengo - avisou o presidente Eduardo Bandeira de Mello.

O recado é simples: se não tiverem o Flamengo como artista, o palco que já não dá lucro não terá como se sustentar. A nota oficial diz do temor do clube em ver o estádio se tornando mais um “elefante branco” como forma de pressão. É um certo blefe. A prioridade do Flamengo ainda é o Maracanã. Se não conseguir administrar o estádio, buscará alternativas e tentará pensar em jogos menores em um estádio boutique na Gávea.

Quem toca os estudos são os vice-presidentes de patrimônio, Alexandre Wrobel, e de futebol, Flávio Godinho. Mas quem fala aos quatro ventos como forma de erguer a Bandeira do Flamengo como um candidato a gestor do estádio é o presidente.

- Não pretendemos entrar sozinhos, estamos identificado parceiros que podem nos ajudar – garante Bandeira.

Fonte: Extra