A pandemia da COVID-19 afetou diretamente a economia global, e os clubes de futebol não escaparam dos problemas. O Flamengo , um dos clubes mais saudáveis financeiramente da América do Sul, deixou de arrecadar R$ 110 milhões.

O prejuízo surgiu da ausência de renda com bilheteria e pela queda significativa no número de sócios-torcedores. Antes da pandemia, o clube tinha 150 mil. Hoje, são apenas 61 mil que segue contribuindo.

Vice-presidente de finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes concedeu entrevista ao GE e revelou que o clube precisará cumprir uma meta de venda de atletas para só depois ir ao mercado realizar alguma contratação.

"A COVID-19 custou ao Flamengo R$ 110 milhões. E o impacto no orçamento foi de R$ 200 milhões (além dos R$ 110 milhões, mais R$ 90 milhões de receitas que entraram só em 2021, como a premiação do Brasileiro e direitos de transmissão)".

A única contratação que o Flamengo trabalha no momento é a compra do centroavante Pedro, que deve custar cerca de 14 milhões de euros, algo em torno de R$ 90 milhões. Até o momento, com as vendas de Yuri César e Lincoln, o Rubro-Negro arrecadou R$ 50 milhões, mas ainda faltam outros R$ 90 milhões para 'fechar a conta'.

"No nosso orçamento, a contratação já foi feita: Pedro. Também está no orçamento uma previsão de vendas em janeiro (R$ 50 milhões), que já foi cumprida (Lincoln e Yuri César), e outra que precisa ser cumprida em julho (R$ 90 milhões). Não vamos fazer loucura. Não tem possibilidade disso. Existe um orçamento e precisa ser cumprido. Só vai comprar atleta depois que vender", disse o dirigente.