Flamengo pede revogação da prisão de funcionário preso na Operação Limpidus

O Flamengo, por meio do advogado Michel Asseff Filho, entrou com um pedido de revogação da prisão do funcionário Cláudio Tavares, da tesouraria do clube, e aguarda o despacho do juiz Bruno Ruliere do Juizado do Torcedor, que ocorrerá por volta das 16h. Caso não seja acatado, o clube entrará com um pedido de habeas corpus na Terceira Câmara Cível, que será julgado pelo desembargador Paulo Rangel. Asseff entende que não há elementos para a prisão. Ele esteve na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática na segunda-feira.

A princípio, o caso vale apenas para Tavares, mas todos os quatorze denunciados podem se beneficiar do caso - inclusive os funcionários da Imply, o presidente da organizada Raça Rubro-negra, os funcionários do Fluminense e os torcedores do Vasco -, pois ele é baseado em questões de direito, e não de fato. Ou seja, não se aplica a um caso específico.

- O pedido de liberdade já era esperado, mas aguardo firmemente que não seja concedido pela moralidade do futebol - disse o procurador Marcos Kac, do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaedest/MPRJ). O Gaedest e a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), da Polícia Civil, foram os responsáveis pela Limpidus.

Além de Tavares, três funcionários da Imply - Leandro Shilling, Monique Gomes e Vinicius Carvalho - foram presos nesta segunda-feira. A empresa, responsável pela impressão e distribuição de ingressos das partidas do Rubro-negro, fornecia, segundo a acusação do MPRJ, ingressos para Alesson Galvão de Souza, presidente da torcida organizada "Raça". Alesson também foi preso na segunda fase da operação.

A denúncia diz que Cláudio, Leandro, Vinicius, Monique e Alesson se associaram especificamente para cometer crimes - repassar ingressos para torcidas organizadas, que, por sua vez, os repassariam para cambistas - desde, pelo menos, março de 2017.

Ontem, quatorze mandados de prisão preventiva foram expedidos. Além dos cinco relacionados ao Flamengo, dois funcionários do Fluminense foram presos na segunda-feira. Outras cinco pessoas já estavam presos desde 1º de dezembro, quando foi deflagrada a primeira fase - na segunda-feira, apenas tiveram as prisões convertidas de temporárias para provisórias. Baleia e Tubarão, torcedores do Vasco, tiveram denúncias e mandados, mas seguem foragidos.

Fonte: Extra