'Flamengo não é várzea', diz diretor sobre o fim da negociação com a Atalanta pela venda de Wesley

— Eles fizeram questão de fazer o documento (da transferência), que normalmente o clube vendedor faz. É um documento longo. Aceitamos, mas fizemos uma pequena alteração. Devolvemos revisado ontem a tarde, e isso precisa ser feito com calma porque seria uma transferência importante e complexa. Depois, hoje cedo eles falaram que não aceitavam. Discutimos, voltamos para a data inicial que eles desejavam e pedimos que eles mandassem tudo assinado. Ontem a noite já havíamos pedido e também não tinham mandado. Agora a tarde fomos comunicados informalmente que eles desistiram do atleta. Deduzimos que eles estavam com outras negociações em aberto para a mesma posição e o atleta que era da preferência deles, imaginamos que decidiram contratá-lo — falou o dirigente.

— Flamengo não é clube de várzea. Nenhum jogador vai viajar do Flamengo sem um contrato assinado. O Flamengo é um clube brasileiro, grande e de padrão mundial. Se acham que aqui é várzea, isso é em outro lugar. Nenhum jogador do Flamengo viaja sem documento aprovado por todas as partes e contrato assinado por todos — seguiu.

A alteração citada por Bruno Spindel foi a data de liberação que Wesley teria para viajar. Apesar do aceite de todos os termos, o Flamengo respondeu, na segunda-feira, que só liberaria o lateral-direito para viajar para a Itália depois da partida contra o Bolívar, pela Libertadores.

Tal pedida não foi aceita pela Atalanta, que, em paralelo, avançou na negociação com Raoul Bellanova, do Torino. Assim, Wesley, que teve contrato renovado com o Flamengo recentemente, deve permanecer no clube até o restante da temporada.