Em entrevista ao SporTV nesta sexta-feira, o presidente do Flamengo , Rodolfo Landim, explicou por que está pedindo no STJD o adiamento do jogo contra o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro no próximo domingo no Allianz Parque.
O clube rubro-negro teve um surto de casos de COVID-19 durante a viagem ao Equador para uma rodada dupla da Conmebol Libertadores : 16 jogadores testaram positivo, assim como o técnico Domènec Torrent, membros da comissão e também dirigentes - inclusive o próprio Landim.
"Achamos absurdo. Foram muitas pessoas. Coloco em xeque o tratamento que o Flamengo tem. Foi uma coisa excepcional. A informação que a gente tem dos nossos infectologistas é que eles (jogadores) poderão durante cinco dias estar com o teste positivo, exatamente pelo convívio que eles tiveram agora. Essa é a razão que o Flamengo pediu a suspensão do jogo", disse.
"Você vai deixar que um monte de pessoas que podem estar contaminadas jogando? Não é razoável. Tantos jogos já foram adiados, o que significa adiar mais um?", questionou.
"A discussão (do adiamento) não é o número de jogadores, mas sim o período de infecção que a gente tem. Até segunda ou terça, todos são potenciais de contaminação. Não foi um, são 16 jogadores e um monte do staff. É insano essa discussão", continuou.
O mandatário afirmou que os oito dias em que a delegação do Fla ficou entre Quito e Guayaquil ajudaram a piorar o cenário.
"Você tenta criar os protocolos para diminuir o risco, mas não tenho dúvida nenhuma que por envolver o fato do tempo maior, o risco é maior na Libertadores do que no Brasileiro", analisou.
“Os protocolos que o Flamengo usa e utiliza são seguros, e a gente dá total e completa prioridade à saúde de nossos jogadores. A maior prova disso é que tínhamos uma pessoa que testou positivo e não deixamos voltar no mesmo voo".
Voltando com +3 na bagagem 💼! 🔴⚫️ #CRF pic.twitter.com/n2TSCoBFOs
— Flamengo (@Flamengo) September 23, 2020
Landim foi questionado sobre uma foto postada pelo Flamengo em que os jogadores aparecem dentro do avião na volta ao Brasil sem máscaras.
"Sim, estavam todos testados. É óbvio que na hora que você vai tirar uma foto, você não tira foto com máscara. Eu não tiro foto com máscara: tiro a máscara e prendo a respiração. Vamos relevar aí. Os jogadores jogam sem máscara, é difícil de conter, é coisa natural. Eles se cumprimentam, se abraçam".