O Flamengo irá apresentar nestes últimos dias de outubro o balancete do terceiro trimestre, que será o último do ano, já que o balanço final de 2024 só é fechado em dezembro e divulgado nos primeiros meses de 2025. E o ge teve acesso à parte do documento, que mostra um investimento recorde feito em reforços e terrenos, quanto ainda tem no caixa do clube e o primeiro superávit da temporada.
Depois de gastar R$ 115 milhões na primeira janela do ano (foram contratados De la Cruz, Viña, Léo Ortiz e Carlinhos), o Flamengo investiu ainda mais pesado na janela do segundo semestre: cerca de R$ 132,5 milhões somando Alcaraz (maior contratação da história do clube) e Plata. Como Michael e Alex Sandro estavam livres no mercado, o Rubro-Negro não teve despesa em compra de direitos econômicos da dupla, apenas em luvas.
Juntando as duas janelas, e como não pode mais contratar, o Flamengo termina o ano com oito reforços e um investimento de quase R$ 250 milhões, o maior da história do clube (somando o pagamento de parcelas de contratações antigas, esse montante sobe para R$ 306 milhões). O documento que será apresentado pelo clube alega que houve necessidade de aumentar o aporte "diante da série de lesões que afastaram, por longo período, jogadores importantes" (casos de Pedro, Cebolinha, Luiz Araújo e Viña).
O elenco atual está avaliado em R$ 646 milhões, segundo o balancete. O Flamengo ainda tem a pagar R$ 363,8 milhões referentes à compra de jogadores, sendo R$ 207,6 milhões a curto prazo (próximos 12 meses) e R$ 156,3 milhões a longo prazo (parcelados a partir de outubro de 2025). Em relação às vendas, o clube tem R$ 145,1 milhões a receber, sendo R$ 113,8 milhões no curto prazo e R$ 31,3 milhões no longo.
Além da área para construir o seu tão sonhado estádio, o Flamengo também comprou dois terrenos anexos ao Ninho do Urubu para ampliar o seu CT. O aporte total foi de R$ 165 milhões, sendo cerca de 19 milhões em Vargem Grande e R$ 146 milhões no Gasômetro ( o acordo feito com a Caixa Econômica Federal, para uma complementação de mais R$ 23,9 milhões parcelados , foi celebrado em outubro, posterior ao fechamento do balancete).
Depois de ter déficit nos dois primeiros trimestres do ano (R$ 63 milhões até março e R$ 79,5 milhões até junho), o Flamengo registrou o primeiro superávit da temporada, de R$ 1,9 milhão. O saldo em caixa registrado no fim de setembro foi de R$ 45 milhões, "R$ 217 milhões a menos em relação ao terceiro trimestre de 2023 devido ao alto investimento em reforços e compra do terreno", diz o documento .
Sem dívidas bancárias e com aumento das receitas (valor a receber dos patrocinadores e licenciados mais que dobrou, passando de R$ 51,1 milhões para R$ 107,2 milhões), o Flamengo prevê um resultado positivo no balanço final do ano: "Nossa expectativa atual é de um resultado superavitário em 2024, que poderá ser mais significativo em função dos resultados que poderão ainda ser alcançados nas competições que participamos", afirma o clube no balancete.
O Rubro Negro está na final da Copa do Brasil e ainda tem chances matemáticas, embora remotas, de conquistar o Campeonato Brasileiro.
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