Flamengo fecha 1º trimestre com maior número de problemas musculares dos últimos cinco anos; veja casos

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— Lesões no futebol, 70% são posteriores de coxa, porque o modelo pede. Pressionar, há sprint. Perde, voltar, há sprint, se desmarcar no espaço, há sprint. O músculo que mais pede é esse. Oito clássicos em 12 jogos. Além do físico tem o mental. Esses jogadores, o que mais admiro, é que não guardam nada. As lesões vão acontecer. É um risco que eu corro pedindo para jogarem assim — e completou:

— Tem jogadores que têm mais predisposição, outros que têm menos. Tem jogadores que conseguem jogar a temporada e têm apenas um problema. Tentamos dosar a carga, mas não temos controle de tudo. Às vezes fazem ações que sentem. A única lesão grande foi do Michael. As outras foram edema, sobrecarga, que tira os jogadores por 10 dias, duas semanas. Infelizmente. Mas estamos trabalhando. Com a sequência de jogos, acredito que melhore isso e que eles se condicionem cada vez melhor — finalizou em coletiva após a estreia no Brasileirão.

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Se comparar o número de problemas médicos no geral no primeiro trimestre dos últimos cinco anos, o ano de 2025 não preocupa e aparece apenas no Top 3, com 10 baixas. Em 2023, foram 12 lesões, enquanto 2021 foram 11, nos três primeiros meses.

Mas o número desta temporada é o maior se isolar as questões musculares: nove dos 10. Vale destacar que Gerson e Arrascaeta apresentaram problemas durante a Data Fifa, quando estavam com suas respectivas seleções. Na temporada de 2021, das 11 lesões, cinco foram musculares no primeiro trimestre. Em 2023, foram só quatro das 12.

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Para reduzir os riscos, o Flamengo adotou um revezamento de jogadores durante todo o período que considerou como pré-temporada, ou seja, até o final do Campeonato Carioca. A comissão evitou dar vários jogos seguidos à maioria dos atletas, que foram poupados com um trabalho de controle de carga. Esse trabalho, porém, não evitou que os problemas acontecessem. Foram sete lesões, dois edemas e um desconforto com fadiga até aqui.

Problemas do Flamengo em 2025

A lista do DM neste ano começou com Alex Sandro no dia 8 de fevereiro, quando sofreu uma lesão grau 1 na posterior da coxa esquerda. O lateral desfalcou o Flamengo por exatamente um mês, ficando fora de quatro partidas. Quando retornou a campo, ele assumiu a titularidade, além de ter sido convocado por Dorival Jr.

No mesmo dia 8 de fevereiro, Ayrton Lucas sofreu uma pancada no joelho esquerdo no clássico com o Fluminense que rendeu um edema no colateral medial. Ele desfalcou a equipe por três jogos, mas entrou nos minutos finais contra o Vasco, na semifinal do Carioca, e contra o Internacional, na estreia do Brasileirão. E foi a única ausência que não aconteceu por questão muscular neste ano.

Juninho foi o terceiro atleta a pisar no DM rubro-negro. O atacante teve um edema muscular na coxa direita contra o Botafogo, no dia 12 de fevereiro e desfalcou o Flamengo por 28 dias - três partidas. No dia 15, Michael teve a lesão mais grave até o momento: grau 2 para 3 na posterior da coxa esquerda. Ele retornou após um mês, perdendo quatro jogos.

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Cebolinha sofreu uma lesão grau 1 na posterior da coxa direita durante a partida contra o Maricá, dia 22 de fevereiro. O atacante voltou a ser relacionado três jogos depois, mas não saiu do banco na final contra o Fluminense, em 16 de março. Ele voltou a jogar contra o Internacional no último sábado.

Danilo foi outro jogador a aparecer no DM. O zagueiro não entra em campo há 38 dias - cinco jogos - e acumula duas lesões diferentes na posterior da coxa direita. Na primeira, o jogador foi desfalque desde a semifinal contra o Vasco por uma contusão grau 1 e chegou a ser cortado da Seleção Brasileira. Depois que voltou aos treinos com o grupo, ele sentiu uma nova lesão, comunicada pelo clube no dia 26 de março. A tendência é de um retorno na segunda rodada da Libertadores, no Maracanã.

Pelo Flamengo , o último atleta a pisar no DM foi Bruno Henrique. O camisa 27 não disputou a final do Carioca contra o Fluminense após uma lesão grau 1 na posterior da coxa esquerda. O período sem jogos por conta da Data Fifa foi o suficiente para a recuperação do atacante, que retornou como titular contra o Internacional.

A lista rubro-negra fica maior depois do problema físico de Arrascaeta nas Eliminatórias, em jogo contra a Argentina, dia 21 de março. O uruguaio foi diagnosticado com uma lesão no adutor da coxa direita e está sendo preparado para retornar na segunda rodada da Libertadores, contra o Central Córdoba, em 8 de abril.

Durante a mesma Data Fifa, Gerson foi outro jogador a trazer dor de cabeça. O volante deixou o gramado no primeiro tempo da vitória brasileira contra a Colômbia e foi cortado da partida com a Argentina. Os exames não apontaram lesão, apenas uma contratura e fadiga muscular na posterior da coxa esquerda. O capitão desfalcou o Flamengo na estreia do Brasileirão e ainda não é presença garantida na primeira partida da Libertadores, contra o Deportivo Táchira, na quinta-feira.

DM assombra brasileiros na Libertadores

O Flamengo não é o único time a lidar com esse tipo de desafio no início da temporada e logo às vésperas da Libertadores. Os clubes brasileiros iniciam a fase de grupos da competição continental nesta semana e vivem um cenário parecido. O Internacional, que enfrenta o Bahia na quinta-feira, é quem mais teve problemas no DM, com 12.

O clube baiano, que disputou a pré-Libertadores, é o brasileiro menos atingido por problemas médicos até o momento, com seis. O Flamengo é o segundo com mais ocorrências no DM, chegando a 10. O Rubro-Negro terá pelo menos dois desfalques na estreia contra o Táchira: Arrascaeta e Danilo.

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