Com passando recente vitorioso, o Flamengo ultrapassou fronteiras e virou referência de gestão financeira até na Argentina. Durante evento em Buenos Aires, diretores do clube carioca detalharam como funciona a estratégia do Rubro-Negro para alcançar o sucesso e também aproveitaram para falar sobre a polêmica dos valores dos ingressos para a final da Copa do Brasil .

Gustavo Oliveira, vice-presidente de marketing e comunicação, e Marcos Senna, diretor de marketing do Flamengo, participaram na última quarta-feira (7) do " Olé Sports Summit Leaders ", um evento promovido pelo tradicional jornal " Olé " em Buenos Aires, na Argentina.

Os diretores explicaram a evolução financeira do clube na última década. Traçaram uma linha do tempo desde quando o grupo político da atual gestão assumiu o time no final de 2012 com uma dívida de R$ 750 milhões até o momento atual, quando a receita subiu para R$ 1,2 bilhão.

“Pela primeira vez, não temos despesas com empréstimos bancários. Já não dependemos de antecipação de dinheiro, que é a realidade de muitos clubes. Já não dependemos de venda de jogadores. Essa receita recorrente, já vivemos com isso. E vocês conhecem nossos jogadores, não são baratos, são caros. Estamos em um caminho autossustentável muito importante. É uma estratégia de uma década, não de um ano. Estamos crescendo, mais equilibrados, e com nossa dívida baixa”, revelou Senna.

Para citar um exemplo atual do comportamento financeiro do time carioca, o diretor de marketing falou sobre os preços dos ingressos da final da Copa do Brasil contra o São Paulo .

“Nesta semana, estávamos vendendo ingressos para a final da Copa do Brasil. Pusemos os preços altos, mas em 24 horas vendemos tudo. Isso é bom, mas há outras milhares de pessoas tentando comprar e não conseguiram, então vão às redes sociais e reclamam, reclamam. Há dificuldade de tudo que fazemos pela repercussão”, disse o diretor.

O assunto acabou virando polêmica nos últimos dias. O Flamengo acabou até sendo notificado pelo Procon por causa dos altos preços dos ingressos para a decisão . O bilhete mais barato para quem não é sócio torcedor e queria ir ao Maracanã assistir ao primeiro duelo da final custava R$ 400.

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