Flamengo faz imersão nos EUA e aproveita Mundial para internacionalizar marca e promover novas iniciativas

—Internacionalização de marca é isso. Você vem jogar o Mundial, joga bem, e o mundo inteiro sabe quem você é. Agora todos sabe quem é o clube com a maior torcida do planeta —avisou o presidente Luiz Eduardo Baptista, depois de um encontro com membros da Stockton University, onde o time ficou concentrado para treinamentos em Atlantic City.

Dono da maior torcida do Brasil, o clube encantou a Fifa fisicamente e no digital, área em que é destaque mundial. Houve promoção nas redes da entidade em publicações em parceria com o perfil em inglês do Flamengo. O Eagles, time da Filadélfia de futebol americano, também ficou impactado pelo torcedor que foi ao Lincoln Financial Field e promoveu ações, como troca de camisas. Dirigentes aproveitaram a passagem pelo local das duas primeiras partidas para buscar referências de ações de marketing para o estádio do Maracanã.

Na Casa Flamengo, a ideia é outra: promover um acesso democrático ao torcedor que chega do Brasil para ver o time, mas também para os brasileiros que vivem nos Estados Unidos. Embaixador do clube recém-empossado, Zico foi a principal atração.

— Vi os jogos na Filadélfia, foram jogos maravilhosos, além da festa da torcida, que foi fundamental naquela virada (contra o Chelsea). Isso demonstra como é improtante conhecer e saber o que é vestir a camisa do Flamengo — afirmou Zico, elogiando o formato do torneio da Fifa.

— Foi uma grande iniciativa, tem que seguir em frente, mas de quatro em quatro anos, para não atrapalhar o calendário dos clubes nos países. É um confronto entre todos os continentes, mínimo de três jogos, e tem uma visibilidade para todo mundo — completou o Galinho, que brincou ao dizer que brigaria por um título com a geração de 1981.

Entre fotos e brincadeiras com torcedores, Zico ajudou a trazer público ao Icon Park, que é um espaço aberto, sem custos, em Orlando, nos últimos dias todo estilizado com as cores do Flamengo. Além da tenda com ações, o parque tem outras ativações espalhadas em bares e telões.

— A gente trouxe esse posicionamento do Flamengo como “maior torcida do mundo”. E a torcida está entregando isso nos jogos. O conceito dessa casa é abrir espaço para o ponto de encontro da torcida. Escolhemos Orlando porque aqui tem muito brasileiro, o Flamengo vai jogar aqui. E quisemos além da casa, ocupar o parque. Estamos presentes nos restaurantes, trazer a marca para um lugar aberto ao público, tem jogo no telão, área de conveniência, e queremos mostrar um pouco da torcida carioca, com samba, futebol, e alegria do torcedor brasileiro, que é incomparável — explicou a diretora de comunicação do Flamengo, Flavia da Justa, ressaltando a preocupação de se estabelecer em um local propício para um público mais jovem e de crianças. Foi exatamente o que se viu por ali. Muito além da tenda e dos troféus, famílias se dando conta do que é ser Flamengo e do Rio de Janeiro.

Desafios na transmissão

Um desafio apontado por torcedores que moram nos Estados Unidos é o valor dos pacotes para assistir aos jogos do Flamengo no país. O clube investiu na Flamengo TV e faz uma transmissão própria para fora do Brasil.

Ver as 19 partidas como mandante no Brasileiro sai por 99 dólares ou 14,99 dólares o jogo avulso. A NBA League Pass custa em média 153,00 dólares por toda a temporada. A Premier League transmite por canal fechado/aberto + streaming, por preço similar, e com acesso a toda biblioteca de series/filmes da NBC/Peacock (semelhante a Netflix/Paramount/etc.).