No dia em que se completa um ano da tragédia do Ninho do Urubu, que vitimou 10 garotos da base do Flamengo , familiares dos meninos mortos no incêndio foram ao centro de treinamento do clube para prestar homenagens. Alguns dos parentes presentes no CT neste sábado, entretanto, foram barrados na porta.

O pai do goleiro Christian Esmério foi um deles. Ao chegar na entrada do Ninho, foi informado que não possuía autorização prévia para entrar.

“Infelizmente, temos que ficar aqui aguardando um diretor voltar para liberar. Já não basta a humilhação que estamos passando? Todo mundo está vendo que o Flamengo não respeita”, disse Cristiano Esmério em declaração publicada pelo Globoesporte.

A tia do garoto Jorge Eduardo também foi barrada na entrada e se revoltou com os seguranças. Do lado de fora, ela mostrou fotos do incêndio para os funcionários e disse: “Está aqui a autorização dele”.

Ainda segundo o Globoesporte, os familiares aguardaram por uma hora e meia no local e, sem liberação, fizeram suas homenagens e orações do lado de fora, deixando o CT sem poder entrar.

“Se eu pudesse, nem colocava meus pés aqui. Eu vim acender uma vela para o Jorge e parece que eu estou aqui para aparecer. É humilhante”, afirmou Simone, tia de Jorge Eduardo, em declaração ao UOL.

A família do garoto Pablo Henrique havia pedido autorização prévia e conseguiu entrar no Ninho do Urubu. Ainda assim, não estava satisfeita com a situação.

“Ter autorização para fazer uma oração é muito humilhante”, disse Wedson Cândido, pai de Pablo, em declaração também reproduzida pelo UOL.