A comitiva do Flamengo que toca o projeto do novo estádio no Gasômetro se reuniu com representantes da Caixa Econômica nesta quarta-feira, e um novo encontro na próxima semana em Brasília pode sacramentar o acordo para dar a posse definitiva da área ao clube.
Os dirigentes rubro-negros, com apoio da Prefeitura do Rio e da Advocacia Geral da União, estão otimistas para zerar a briga judicial em que o banco questiona o valor pago no leilão do terreno. A tendência é que com um pagamento complementar tudo se resolva até outubro.
No encontro desta quarta-feira, a Caixa teve a presença de vice-presidentes para dar andamento ao acordo que ficou encaminhado com o presidente do banco, Carlos Vieira, em Brasília, com a presença do presidente Lula e do prefeito do Rio, Eduardo Paes.
No Rio, marcaram presença dessa vez presidente e vice do Flamengo, Rodolfo Landim e Rodrigo Dunshee, além do CEO Reinaldo Belotti e do vice de patrimônio, Marcos Bodin. Além deles, o deputado Pedro Paulo articula pelo Flamengo e ao lado de Paes, junto ao diretor do clube, Cacau Cotta.
"Para o clube é sempre melhor um bom acordo do que discussão eterna sobre valores. O terreno já foi desapropriado. O acordo é o ideal para que cesse qualquer dúvida e que o Flamengo tenha tranquilidade necessária para começar a obra", avalia o diretor de relações externas Cacau Cotta.
Com o pagamento de R$ 138 milhões pelo terreno, o Flamengo se viu alvo de uma ação da Caixa, mesmo depois de desembolsar mais R$ 7,8 milhões, após perícia determinada pela Justiça.
A 8ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital, onde correu o processo, homologou a venda, mas declinou da competência para emitir a imissão de posse e passou a ação para a Justiça federal.
Agora, a partes solicitaram que por 90 dias os processos judiciais fossem interrompidos para seguir as negociações na Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal.
Segundo as partes envolvidas, a arbitragem está sendo válida para o desfecho positivo.