Flamengo descarta prazo maior sugerido por Gabigol e não fará nova oferta de renovação

A última proposta do Flamengo segue na mesa: mais um ano com aumento salarial de quase 50%. A de Gabigol também está clara: aceita o reajuste em um novo vínculo por três temporadas. É um meio termo depois de o clube não cumprir o acordo alinhado no fim de 2023, feito pelo vice de futebol Marcos Braz: de cinco anos de contrato, com luvas milionárias e o salário mais alto do Brasil.

O presidente Rodolfo Landim não aceitou nem essa nem a última contraproposta apresentada pelo jogador, e deixou claro que vai levar em conta o desempenho de Gabi este ano, em que é reserva absoluto. O mandatário deixou claro nesta sexta em conversa com sócios do grupo Advocacia Rubro-Negra que a diretoria não tem condições de fazer uma proposta melhor em termos financeiros, e que vai manter a coerência que levou ao adeus de ídolos como Everton Ribeiro, Filipe Luis e Diego Ribas.

— Eu amo o Gabigol, mas não estou sentado naquela cadeira para tomar decisão em cima de gratidão que tenho por ninguém — afirmou Landim.

A saída de Gabigol é vista internamente como questão de tempo não apenas pelo desacerto financeiro, mas sobretudo pelo ambiente. Há algum tempo o ídolo rubro-negro não tem um clima favorável no dia a dia com os demais jogadores, tem ficado cada vez mais isolado, e não conta com o prestígio do técnico Tite. Por isso, já exigiu, inclusive publicamente, mais minutos em campo.

Mesmo ciente do cenário, o atacante preferiu cumprir seu contrato com o clube até dezembro e não aceitar a oferta do Palmeiras para sair no meio do ano, já que o Flamengo exigiria compensação financeira para liberá-lo. O panorama atual é de contagem regressiva para o adeus do atacante ao fim da temporada, com boas chances de reforçar o rival. O apelo popular não deve reverter o quadro.