Flamengo critica gramados sintéticos e defende igualdade competitiva no Brasileirão

O uso de gramados sintéticos no Campeonato Brasileiro voltou a ser tema de debate, especialmente entre clubes e torcedores. Atualmente, três estádios da Série A utilizam esse tipo de gramado: Botafogo, Palmeiras e Atlético-MG. No entanto, a situação pode mudar na próxima temporada, caso o Athletico-PR e a Chapecoense, que ocupam a terceira e quarta posições da Série B com 60 e 59 pontos, respectivamente, consigam acesso à elite do futebol nacional. Isso aumentaria para cinco o número de estádios com gramados sintéticos na Série A.

O Flamengo, sob a liderança do presidente Bap, se opõe à implementação de gramados sintéticos, argumentando que essa prática gera desigualdade competitiva. Bap destacou a diferença que esse tipo de campo pode criar, afirmando:

"Quando você tem um gramado de plástico, você cria uma iniquidade. A bola fica diferente, o ritmo muda, o impacto nos atletas é outro."
O presidente do Flamengo também ressaltou os altos custos envolvidos na manutenção do gramado natural do clube, que giram em torno de R$ 45 milhões por ano, considerando que a equipe disputa cerca de 80 partidas ao longo da temporada.

Além disso, Bap enfatizou que

"não é justo que se crie um diferencial competitivo pelo tipo de campo"
, citando que as cinco maiores ligas do mundo utilizam gramados naturais. Para ele, a escolha por gramados sintéticos é vista como uma tentativa de economia que compromete a qualidade do jogo.

Situação Atual dos Clubes

Atualmente, os estádios que adotam gramados sintéticos são:

  • Botafogo
  • Palmeiras
  • Atlético-MG

O Athletico-PR e a Chapecoense têm chances de se juntar a esse grupo, caso confirmem suas posições na Série B e alcancem a Série A em 2026.

Perspectivas Futuras

A discussão sobre gramados sintéticos no futebol brasileiro se intensifica à medida que mais clubes consideram a possibilidade de adoção dessa tecnologia. Enquanto alguns defendem a economia e a praticidade, outros, como o Flamengo, alertam para os riscos de uma qualidade de jogo inferior e a criação de desigualdades.

A situação requer atenção, já que as decisões tomadas agora podem impactar o futuro do futebol no Brasil, tanto em termos de desempenho quanto de experiência para os torcedores. A posição do Flamengo reflete uma preocupação mais ampla sobre como a infraestrutura pode influenciar a competição e a essência do esporte.