Flamengo corrige erros passados e apresenta boa atuação em vitória contra o São Paulo

Por mais que ainda esteja invicto em 2024 e viesse de três vitórias consecutivas, o Flamengo precisava de uma boa atuação para afastar as críticas que começavam a surgir sobre o trabalho de Tite. Ela veio contra o São Paulo. Ainda que desatento em alguns momentos da partida, o rubro-negro marcou em cima, procurou o gol durante a maior parte dos 90 minutos e foi recompensado com a vitória por 2 a 1 que levou o time à liderança do Campeonato Brasileiro pela primeira vez após mais de três anos.

A última vez que o Flamengo havia liderado a competição foi na 38ª rodada de 2020, — que terminou em 2021, por conta da pandemia — quando se sagrou campeão. Desde então, foram 115 partidas até a de ontem. No próximo domingo, o rubro-negro enfrenta o Palmeiras no Allianz Parque.

Mudança de planos

Com a ideia de preservar o elenco de lesões, Tite optou por começar a partida sem Arrascaeta e Luiz Araújo, poupados por fadiga muscular. Assim, o Flamengo foi a campo com Allan ao lado de Pulgar, De La Cruz mais avançado no meio e Bruno Henrique pela direita. Mas a estratégia durou apenas 12 minutos.

Logo em um dos primeiros lances da partida, Cebolinha recebeu falta por trás, sentiu um incômodo no Tendão de Aquiles do tornozelo direito e pediu para ser substituído. Tite, então, precisou mudar os planos, mas recebeu um acalanto quase que instantâneo. Revelado pelo São Paulo, Luiz Araújo precisou de apenas oito minutos em campo para fazer valer a lei do ex.

Em jogada individual, o camisa 7 fez movimentação da direita pro meio e, de canhota, finalizou de fora da área para marcar um golaço. A comemoração, digna do lance, foi em homenagem à esposa Ingrid, que está grávida do segundo filho com o atacante.

Após o gol, o Flamengo, que no início pressionou o São Paulo, ficou mais comedido. Já o tricolor, com uma inoperante linha com três zagueiros, até teve a bola — foram 54% no primeiro tempo — mas não teve o que fazer com ela. Com um meio campo veloz, a equipe tentou acelerar o jogo e utilizar os corredores, mas no fim das contas a jogada sempre terminava na tentativa falha de achar Calleri, presa fácil para a zaga rubro-negra.

Na volta do intervalo, o Flamengo teve comportamento oposto de jogos anteriores, principalmente no Maracanã, quando foi bem no primeiro tempo e diminuiu a intensidade no segundo. Com boas participações entre o lado esquerdo e a faixa central, o rubro-negro buscou o segundo gol e conseguiu. Como um centroavante, De La Cruz aproveitou rebote de chute de Pedro e e balançou as redes pela segunda vez consecutiva. O uruguaio saiu de campo ovacionado para a entrada de Gerson.

Mesmo após abrir a vantagem, o Flamengo não arrefeceu e continuou em cima do São Paulo. Sem bola, o rubro-negro marcou em linha alta. Com ela, teve boas chances de ampliar com Bruno Henrique e Fabrício Bruno.

No entanto, no mesmo cenário de jogos anteriores, o jogo, que era tranquilo, ganhou tom dramático por um misto de desatenção e cansaço dos jogadores do time da casa. Alisson recebeu a bola na entrada da área e foi só cercado por Allan, que, exausto, não apertou. Com espaço, o meia cruzou e Ferreirinha, entre Varella e Luiz Araújo, diminuiu para 2 a 1. Logo após o gol, os defensores chamaram a atenção para o espaço no cruzamento. Na sequência, o volante deixou a partida para a entrada de Igor Jesus — segundo Tite, Allan havia reclamado de câimbra pouco antes do lance do gol são-paulino, mas não foi possível substituí-lo porque o jogo não parou —, que ainda fez uma grande jogada que quase resultou em gol de Pulgar.

Menos mal para o Fla que, apesar de ensaiar certa pressão, o São Paulo não construiu nenhuma jogada de perigo. Agora ainda mais pressionado, o técnico Thiago Carpini foi passivo na beira do campo e não conseguiu colocar sua equipe na partida.

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Fonte: Extra