Neste domingo (17), Flamengo e São Paulo começam a decidir a Copa do Brasil , no Maracanã, a partir das 16h (de Brasília). Os dois times chegam para a decisão em momentos que estão longe de ser os melhores de suas temporadas, mas com os paulistas tendo um cenário um pouco menos conturbado.

Os problemas do Flamengo, que vem de uma derrota por 3 a 0 para o Athletico-PR , vão muito além das escalações de Jorge Sampaoli.

O técnico argentino, inclusive, não costuma repetir os titulares de jogo para o jogo e ficará ainda mais estranho se ele assim fizer para o primeiro jogo da grande final. Diante do Athletico-PR, Sampaoli errou do início ao fim da partida. O treinador fez escolhas terríveis, como David Luiz de volante e Thiago Maia de lateral-esquerdo.

Para o jogo do Maracanã, a tendência é o retorno de Ayrton Lucas na ala, até por conta dos problemas físicos de Filipe Luís e pela possibilidade de auxiliar na saída de bola, formando uma linha de três defensores. No meio-campo, a dupla de volantes deve ser formada por Thiago Maia, por conta da lesão de Allan, e Gerson, com o Coringa tendo mais liberdade para sair para o jogo.

Uma das possibilidades mais discutidas pela torcida rubro-negra era do Flamengo entrar em campo com o quarteto ofensivo formado por Everton Ribeiro, Bruno Henrique, Gabigol e Pedro - Arrascaeta, com lesão, é dúvida e deve estar fora.

Sampaoli já chegou a testar um Flamengo com Gabriel aberto na direita e encostando em Pedro como um segundo atacante, e Bruno Henrique usando as beiradas na esquerda. Outra possibilidade é abrir Ayrton Lucas quase como um ponta no ataque e deixar Bruno mais perto de Pedro e Gabriel.

O jogo contra o Athletico-PR, porém, mostra que os problemas do Flamengo vão além das escalações de Sampaoli. Em Cariacica, vimos um time sem pegada, sem concentração. Os problemas vão muito além da parte tática e até da postura da equipe. O Flamengo chega ao Maracanã em uma situação bastante complicada.

Já o São Paulo de Dorival Júnior vai para a decisão com menos dúvidas. Arboleda, que deixou a última partida do Equador lesionado, é a grande dor de cabeça para o técnico. Mesmo que o equatoriano não jogue, a tendência é que o Tricolor vá com uma linha de quatro defensores.

Com a bola, porém, a equipe de Dorival pode espelhar as ideias de Sampaoli e Ayrton Lucas com Rafinha. O lateral-direito tem a característica de jogar por dentro e ser um lateral mais construtor na saída de bola.

No meio, a dúvida é entre Pablo Maia e Gabi Neves. Nestor, que não foi titular contra o Inter, deve estar no onze inicial no Maracanã. Por conta da presença de Rafinha, Wellington Rato deve jogar aberto pela direita para dar a profundidade que o lateral não oferece.

Lucas deve cair pelo lado esquerdo, mas se concentrar também no meio, participando da construção. Caso Luciano jogue ao lado de Calleri, ele deve encostar mais no camisa 7. A possibilidade de James Rodríguez sair jogando me parece remota.

O São Paulo tem uma estrutura mais pronta na maneira de atacar e na maneira de defender. O Flamengo é uma incógnita, ninguém sabe como chega na decisão.