Flamengo chega a 13 mil gols na História: qual é o mais inesquecível? Vote

Até alcançar a expressiva marca, o Flamengo acumulou grandes histórias e jogos que estão vivos na memória do torcedor. Os principais ídolos do clube, como Zico, Nunes, Júnior, Petkovic e Gabigol foram protagonistas destas conquistas e de gols importantes. Diante da marca, o EXTRA quer saber do rubro-negro:

Separamos dez momentos importantes para que você escolha. Participe da enquete (a lista completa dos gols presentes na enquete está logo abaixo):

O "Deus da Raça", zagueiro que atuou, principalmente, no Flamengo dos anos 1970, foi o responsável por fazer um gol singular para a geração que se tornaria a mais vitoriosa do clube. Na reta final daquela década, Zico e companhia começavam a ser taxados como incapazes de levar novas taças para a Gávea.

Então, aos 42 minutos do 2º tempo da partida decisiva contra o Vasco, Rondinelli subiu mais alto que a defesa e cabeceou o escanteio cobrado pelo Galinho de Quintino, decretando a vitória no Carioca de 1978 e abrindo as portas para os anos seguintes de glória.

À época, o Flamengo estava diante de sua primeira oportunidade de tomar o trono do futebol nacional, e enfrentava, na final do Brasileirão, o Atlético-MG, clube com quem protagonizou forte rivalidade nos anos 1980. Após perder por 1 a 0 no Mineirão, era necessário uma vitória simples no Maracanã, pois o rubro-negro tinha a vantagem do empate no agregado.

Aos 37 do segundo tempo, quando o jogo estava 2 a 2, o atacante Nunes dominou bola pela esquerda da área e aplicou bonito drible no marcador. Um chute que entrou pelo cantinho do goleiro deu o primeiro título brasileiro ao rubro-negro.

Durante nove anos, o torcedor do Flamengo sofreu na mão do botafoguense por conta de uma derrota de 6 a 0 sofrida em 1972. Uma ferida que só seria curada no "Jogo da Vingança", no Carioca de 1981, ano marcante na história rubro-negra.

A goleada que se criava com gols de Nunes, Zico (2), Lico e Adílio instalou as maiores expectativas no Maracanã. Mas era preciso o sexto. Foi quando o volante Andrade, aos 42 do segundo tempo, aproveitou uma bola que pingou fora da área e soltou uma bomba, para livrar o torcedor do tabu contra o rival.

Em sua maior especialidade, os gols de falta, o maior ídolo do Flamengo deu a América ao seu clube pela primeira vez. A final contra o Cobreloa (Chile) era extremamente tensa, e precisou de um terceiro jogo, após a vitória brasileira no Rio, e o triunfo chileno em Santiago. Na partida derradeira, no estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai), Zico foi o responsável pelos dois gols da vitória por 2 a 0 que decretou o título. O segundo foi uma pintura de bola parada, que entrou para os livros de história.

Talvez aquele que seja o grande jogo do Flamengo em todos os tempos teve o protagonismo de Nunes. A tão reverenciada vitória por 3 a 0 sobre o Liverpool (Inglaterra), no Mundial em Tóquio (Japão), contou com dois gols do atacante — Adílio fez o outro. Na jogada mais lembrada, Zico fez lançamento perfeito para a área, e o camisa 9 nove só deu um toquinho com o lado do pé, para abrir o placar de um jogo inesquecível.

O quarto título nacional foi abrilhantado por um jovem Bebeto, que surgia no Flamengo junto ao término da carreira de Zico. Na final daquele ano, contra o Internacional, o atacante foi responsável pelos gols rubro-negros nos dois jogos. No Beira-Rio, empate por 1 a 1. No Maracanã, vitória por 1 a 0, com ele concluindo uma jogada que passou pelo Galinho e por Andrade, antes de chegar no herói da conquista.

Vencer o rival numa final de Campeonato Brasileiro tem gosto especial, e o Flamengo fez isso em 1992, contra o Botafogo. Liderada por um Júnior em final de carreira, uma geração jovem deu o quinto título nacional ao rubro-negro. De cabelos brancos, o lateral foi responsável pelo gol que abriu o placar da vitória por 3 a 0, no jogo de ida, e por um golaço de falta, no empate por 2 a 2 que fechou a conta. Ele saiu dando pulinhos inesquecíveis pelo campo.

Não é difícil encontrar quem considere o gol de falta de Pet como o mais importante da História do Flamengo. No mínimo, é um dos mais marcantes. Na terceira final de Carioca seguida entre o rubro-negro e o Vasco, parecia que o cruz-maltino conseguiria ser campeão após amargar dois vices, em 1999 e 2000.

No jogo de ida, a equipe venceu por 2 a 1, e a derrota para o Fla pelo mesmo placar ia dando o título ao Vasco. Porém, o sérvio tinha outros planos. Aos 43 do segundo tempo, botou uma falta com perfeição no ângulo de Helton, e explodiu o Maracanã com o gol do tri consecutivo.

A surpreendente arrancada da equipe de Adriano e Petkovic — já em sua segunda passagem pelo clube — naquele Brasileirão teve como último capítulo uma vitória de superação. O Flamengo não vencia o campeonato há 17 anos e precisava bater o Grêmio em casa, para não depender dos resultados de Internacional e São Paulo.

Apesar da equipe gaúcha ter aberto o placar naquela tarde de domingo no Maracanã, o rubro-negro buscou o triunfo com dois gols de zagueiros. No primeiro tempo, com David Braz. No segundo, com Ronaldo Angelim marcando de cabeça o gol do hexa, completando escanteio de Pet. O jogador que quase precisou amputar uma perna, após uma lesão rara sofrida naquele período, deu a volta por cima e virou herói.

Agora, sem dúvida, o jejum que mais incomodou gerações de rubro-negros foi o de 38 anos sem conquistar a Libertadores. De 1981 até 2019, quando Jorge Jesus montou uma equipe que deu início à atual vitoriosa geração, o Fla não soube o que era conquistar a América. Após uma campanha impactante, a final foi realizada em Lima, a primeira da História em jogo único, contra o River Plate (Argentina).

O adversário abriu o placar e manteve a frente até os 42 do segundo tempo, quando Gabigol entrou em ação para produzir a epifania rubro-negra. Primeiro, empatou em chute na pequena área, após jogada de Bruno Henrique e Arrascaeta. Três minutos depois, recebeu lançamento de Diego Ribas, ganhou da defesa e marcou o gol que o colocou no olimpo do Flamengo.