Os duros tempos de pandemia exigiram uma movimentação do Flamengo para socorrer as finanças.

O clube utilizou uma linha de crédito bancário pré-aprovada de R$ 40 milhões para organizar as contas e ganhar fôlego durante a crise.

A informação foi dada primeiramente pelo jornalista Gustavo Henrique e confirmada pela ESPN .

O clube está debruçado sobre os cálculos para não ser tão chacoalhado no meio da pandemia.

O baque será inevitável, mas a diretoria acredita que tem condições de resistir até determinado limite.

Caso os jogos não retornem até início de junho, a avaliação é de que a necessidade de renegociação geral de contratos e salários será inevitável .

"Ainda, reforçando a consistência na gestão financeira, o clube dispõe, a partir de 2019, de linha de crédito bancário aprovada e em “ stand by ” no valor de R$ 40 milhões para financiar eventuais contingências no caixa, dada a bem sucedida gestão do fluxo de caixa não foi preciso recorrer a este instrumento até o momento", já informava o Flamengo, em seu balanço divulgado no fim de março.

Desde o início da pandemia, o Flamengo recebeu alguns baques no setor financeiro.

O Azeite Royal , que estampava sua marca no calção do uniforme ao valor de R$ 3 milhões informou uma rescisão unilateral.

O clube vai à Justiça em busca da multa de R$ 1,2 milhão.

Em seguida, a Adidas deixou de pagar a primeira parcela de R$ 9 milhões referente ao primeiro semestre de 2019 .

Diante disso, o efeito cascata iniciou e o clube foi obrigado a renegociar prazos de pagamentos firmados, como a compra de Léo Pereira junto ao Athletico-PR .

Houve também falta de outras receitas, como a bilheteria, com projeção de R$ 108 milhões para essa temporada, mas no patamar de R$ 23 milhões no momento da paralisação.

Em 2019, o Flamengo também fez altos investimentos no elenco de futebol e aumentou sua dívida de R$ 287 milhões a R$ 338 milhões.

Em um teste de stress divulgado no balanço financeiro de 2019, o Flamengo entendia que três meses de paralisação do futebol seriam "absorvíveis".

O cenário, no entanto, não indicava um caos total com a ausência de receitas garantidas, como ocorreu no caso da Adidas .

A folha salarial do clube - e não apenas do futebol - gira em torno de R$ 25 milhões.