O retrospecto de duas derrotas em três jogos do time alternativo do Flamengo que disputa este início de Campeonato Carioca não é fruto do acaso. O revés rubro-negro por 2 a 1 para o Nova Iguaçu, no domingo, foi mais uma partida de pouquíssima inspiração ofensiva do rubro-negro.
O problema é o mesmo pelo qual os times alternativos dos outros três grandes passam: uma equipe recheada de jovens enfrentando um adversário treinando há mais tempo, com mais força física e mais conciso taticamente. Nesse contexto, é preciso que atletas mais experientes ajudem a fazer a diferença.
Referência ofensiva, Carlinhos alterna momentos nas partidas. Participa de bons lances, como o do gol do Flamengo, do jovem Wallace Yan, que começa em uma jogada sua de pivô. Ao mesmo tempo, tem dificuldades e aproveitar lances de perigo no ataque, que não tem sido tão frequentes com os claros problemas de criação do time.
O destaque ofensivo tem sido Lorran. O jovem atacante, de 18 anos, é lúcido e tem capacidades técnicas e físicas para carregar, driblar e dar o último passe. Tentou muito neste domingo, mas por várias vezes parou na falta de um apoio efetivo. Quando o sistema não funciona, o resultado fica a mercê de infelicidades, como o pênalti cometido por Felipe Vieira que acabou por decretar o resultado.
— Criamos situações de gol principalmente no começo do primeiro tempo. Depois o Nova Iguaçu conseguiu ter qualidade na saída de bola. Foi o que a gente fez com a alteração, colocar o Guilherme por dentro para ajudar a marcação. Conseguimos boas situações com o Wallace Yan. Os atletas estão comprometidos com o objetivo, o planejamento segue. Vamos ver amanhã se vamos manter a equipe que jogou ou se vamos fazer alterações de acordo com as observações do Bangu — analisou o técnico Cleber dos Santos.