O Flamengo requisitou à FERJ a mudança do horário do clássico contra o Vasco , no próximo sábado (15), no Maracanã, por conta do "calor excessivo" que tem sido relatado no Rio de Janeiro nas últimas semanas.

A reclamação ocorre dois dias depois da disputa da partida contra o Fluminense , também disputada às 16h30 (de Brasília).

“Baseado em relatos dos jogadores e profissionais da comissão técnica, o Clube de Regatas do Flamengo enviou, nesta manhã de segunda-feira (10), uma solicitação à FERJ e aos detentores de direitos de transmissão do Campeonato Carioca 2025 acerca da programação dos jogos. O pedido foi para que reavaliassem o horário das 16h30, visto que o calor excessivo durante o verão no Rio de Janeiro tem impacto direto na performance e saúde dos atletas”, escreveu o clube em nota.

O Rubro-Negro ainda divulgou uma entrevista do diretor de futebol do clube, José Boto, em que o dirigente fala abertamente sobre os riscos à saúde dos atletas, além de prejudicar o espetáculo praticado dentro de campo.

“Nós já pedimos à Federação, pedimos aos outros clubes que todos sejam sensíveis de não se jogar a essa hora. Porque existem muitas questões a nível de saúde dos jogadores, até a nível de espetáculo que nós estamos passando para fora. Eu lembro quando estava na Europa e via muito desses jogos que eram a essa hora. E nós questionávamos se é essa a intensidade que se joga no Brasil”, disse.

“Acho que estamos passando uma imagem que não é a real imagem do potencial que o futebol no Brasil tem. Temos também questões de que não vamos utilizar sempre os melhores jogadores, o que seria bom para o espetáculo. Não podemos matar os jogadores em uma fase tão precoce da temporada e sujeitá-los a jogar em uma temperatura que não é a indicada para se jogar futebol”, seguiu.

“É impossível jogar em uma intensidade razoável a essa temperatura, é um problema de todos os clubes. Ninguém pode jogar o seu melhor nível em altas temperaturas. No gramado, serão 45, 50 graus. É impossível que não haja um desgaste precoce e lesões dos jogadores provocados por esse calor excessivo. E é um apelo que eu faço para o bem de todos, do espetáculo, aquilo que é o bem do futebol brasileiro”, completou.

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