Filipe Luís vê queda de rendimento do Flamengo no segundo tempo e lamenta: "Sentimento de decepção"

O Flamengo empatou com o Ceará, por 1 a 1, no Castelão, pela 18ª rodada do Brasileirão. Apesar do resultado, o Rubro-Negro se mantém na liderança do campeonato mesmo com um jogo a menos. Em coletiva, o técnico Filipe Luís reconheceu a queda de rendimento na segunda etapa e definiu o resultado como decepção.

— Eu gosto de vir logo depois do jogo ainda com o coração quente porque eu falo o que está aqui dentro. Sentimento de decepção. Depois de ter feito um grande primeiro tempo, criado chance de gol e finalizado muitas vezes no gol do adversário. Mas nos segundo tempo tivemos uma queda muito grande e, por um descuido nosso, na bola parada, sofremos o empate. Claro que o sentimento é de decepção. Não temos outro caminho se não trabalhar e continuar evoluindo - comentou o treinador.

Filipe Luís Santos x Flamengo — Foto: Jota Erre/AGIF

Filipe Luís colocou Emerson Royal e Samuel Lino entre os titulares, dois dos quatro reforços desta janela de transferências. O treinador falou sobre o entrosamento da equipe e aproveitou para analisar as atuações abaixo contra o Ceará, neste domingo, e contra o Atlético-MG na Copa do Brasil, na quinta.

— Se eu não me engano foram nove chutes no primeiro tempo. Tivemos a bola, chances, finalizações, chegadas na área do adversário e fizemos um grande primeiro tempo. É verdade que temos incorporações novas. Uma janela extraordinária do clube e que alguns jogadores chegaram sem ter tempo de treino na equipe onde estavam. Alguns estavam de férias. Hoje o Lino jogou 90 minutos. Não sei se era indicado para ele, mas vai se adaptar e já se adaptou rápido ao nosso modelo de jogo - analisou, para completar:

— A atuação abaixo contra o Galo foi muito mérito deles. Nos causaram dificuldades. O time acabou dentro da área deles, pelo resultado. Jogos depois de três dias, o time sente. Mesmo que alguns jogadores não tenham jogado. Não acredito que seja um problema físico. Acredito que todos estamos na mesma situação por causa do calendário. Acredito que é muito pelo momento do jogo, apoio da torcida, nos deu dificuldade de ocupar espaços. Acabamos dando uma chance para o adversário, que foi de escanteio. O time estava defendendo bastante bem a nossa área. Vamos continuar trabalhando e evoluindo.

Filipe Luís em Ceará x Flamengo — Foto: Baggio Rodrigues/AGIF

Após o empate, o Flamengo vira a chave para enfrentar o Atlético-MG, na quarta-feira, em Belo Horizonte, em busca da classificação às quartas da Copa do Brasil. O Rubro-Negro perdeu por 1 a 0 e precisa reverter o resultado. Filipe Luís desconversou sobre as prioridades do clube nesta temporada:

— O objetivo é disputar todos os títulos. Hoje o Flamengo te permite isso. Com esse elenco altamente qualificado que temos, te dá a possibilidade de disputar os títulos. Brigar para ser campeão do Campeonato Brasileiro, de ter um elenco para chegar na Libertadores e na Copa do Brasil. Eu repito, para mim é um privilégio ter esse número de jogos para jogar. Não reclamo porque os melhores jogam mais jogos. Isso quer dizer que somos dos melhores. Eu quero ganhar todos os jogos que vierem pela frente. Nunca vou escalar um time para perder. Da mesma forma vamos na Copa do Brasil para tentar vencer o Atlético.

Ambição em matar a partida

— Você diz chutes a gol ou no gol? No gol é precisão. O time continuou chutando, criando. Eu não diria que a gente quis defender o resultado. Pelo contrário. Tentamos continuar propondo o jogo. O adversário mudou o seu sistema, começou a jogar bola longa nas nossas costas, alguns escanteios. Então, essas jogadas foram levando nosso time para trás, tivemos dificuldade para sair. Ainda vou rever depois, Mas realmente baixamos o nosso nível de concentração e intensidade no segundo tempo e tivemos essa dificuldade de dominar o jogo outra vez. Acabando sofrendo o gol. Tentamos, mas não é fácil jogar contra um time que se fecha tanto. Mas no fim, ficou o empate e, como falei, com um gosto amargo.

Posse de bola

— Sobre a posse de bola, o Ceará optou por não pressionar e esperar em bloco médio e baixo, tentando sair no contra-ataque. Tentamos neutralizar isso no primeiro tempo e criar chances que pudéssemos ter dependendo desses espaços que tivemos no bloco muito fechado. É mais complicado encontrar os espaços em um bloco compacto e fechado, mas ainda assim conseguimos criar chances. No segundo tempo baixamos bastante nosso estado de concentração e tivemos dificuldades.

Victor Hugo

— Vocês todos sabem da qualidade que o Victor tem, é um jogador que cresceu no Flamengo. Vem treinando bem durante essas semanas, estava de férias. Optei por ele porque vi que o time perdeu o controle do jogo e o coloquei para tentar recuperar a bola. Ele se posiciona bem, é muito inteligente. Quando a concorrência estiver grande, ele pode jogar em várias funções. Vamos ver o que vai acontecer para o futuro.

Falha do Rossi

— Eu revi o gol, mas ainda não fizemos a análise calma. Sempre que se toma um gol, existe quase sempre falha. Muito difícil ser somente mérito do adversário. Se foi o Rossi, se foi o Léo, não me interessa. Os erros acontecem. Às vezes, durante outras jogadas que não acabam em gol. Os erros existem no futebol. Jamais como treinador, vou apontar o dedo e dizer que foi falha desse ou do outro. Foi falha da equipe e quem perde somos nós. Para isso, estou aqui para treiná-los para que não voltem a acontecer esses erros.

Visita ao Ceará

— Faço 40 anos semana que vem, bem lembrado. É um prazer vir jogar aqui no Nordeste. É um prazer jogar contra o Fortaleza e o Ceará, sempre muito complicado, difícil. Estádio sempre está lotado, é uma grande festa e criam muitas dificuldades. São times que se estruturaram muito bem e tem poder econômico para contratar e lutar para ficar vários anos na Série A. Acredito que tanto o Fortaleza quanto o Ceará têm a dificuldade de fazer viagens longas nesse campeonato. Portanto, muito mérito desses times para se manter tantos anos na Série A.

Zaga repetida

— Os zagueiros vêm de uma sequência muito grande com a lesão do Danilo. Eu acredito que a última linha é um lugar muito delicado. Existem momentos e momentos para colocar os jogadores e eu não senti que esse é o momento. Pelo que a equipe vive, o que estamos lutando, a dificuldade que tem os jogos pela frente. Os dois jogadores até agora a fisiologia nos deu bastante segurança de que aguentam a sequência. Enquanto isso acontecer estou tentando manter essa dupla de zaga que está tão entrosada. Mas sei que se precisar tenho o Cleiton, o João e o Iago. Eles vão entrar em um momento crucial da temporada onde qualquer falha, como acontece com os Léos e o Danilo, não sei se teriam o perdão. Nessa posição é muito difícil achar o momento para colocar. Se precisar eu confio neles.

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Fonte: Globo Esporte
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