O técnico Filipe Luís analisou a vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Fluminense, nesta quarta, na primeira partida da decisão do Campeonato Carioca, no Maracanã. Ele avaliou que o Rubro-Negro tem uma leve vantagem, mas lembrou da final do Carioca de 2023, na qual o Flamengo levou uma virada ao perder por 4 a 1 depois de vencer a ida por 2 a 0,
— Os jogadores estão se doando muito, eles têm muita fome. São jogadores que já conquistaram muito, mas querem ganhar mais. O adversário é muito forte, ganhou a Libertadores recentemente. Tem um goleiro impressionante, acho que é o melhor do Brasil. Tentamos jogar, construímos. Foi uma grande vitória, que nos dá uma leve vantagem. Sei o que vivi em 2023 e não subestimo nunca o Fluminense. Temos que respeitar para sermos campeões.
Filipe Luís em Fluminense x Flamengo — Foto: André Durão
O Flamengo abriu dois gols de vantagem, com Wesley e Juninho, mas Keno diminuiu no fim do jogo. Filipe Luís analisou que o time começou a partida bem, mas abaixou o ritmo no primeiro tempo e entrou em um jogo de trocação com o Fluminense.
— O primeiro tempo começamos bem, fizemos o gol, mas a partir daí abaixamos o ritmo. Aceleramos bola que eram para acelerar e perdemos a bola. Não conseguimos pressionar. O adversário joga, tem grandes jogadores do outro lado e um goleiraço. A saída de bola do Fluminense é muito boa, o Thiago Silva é extraordinário. É difícil roubar a bola do Fluminense. Mas sofremos pouco e melhoramos no segundo tempo.
— Tivemos chances de fazer gol. O adversário joga, nos empurrou no fim do jogo. A eliminatória está aberta, meu respeito é muito grande pelo adversário.
O treinador rubro-negro disse que o gol de Keno no fim do segundo tempo não muda o panorama para o jogo decisivo de domingo.
— Não muda nada. Para mim, como treinador, não muda ter essa vantagem. Vou trabalhar para vencer o segundo jogo. No segundo tempo tivemos chances, mas não estávamos finos, aceleramos o jogo. Cedemos o controle algumas vezes ao adversário. No primeiro tempo eu não lembro de nenhuma chance. Às vezes você baixa muito o time para jogar, o Real Madrid faz isso, e tenta jogar. No primeiro tempo não conseguimos fazer as coisas certas, mas no segundo tempo melhoramos. O Fluminense fez um gol, mas e se fosse ao contrário, com a gente fazendo dois gols de virada? Não podemos analisar só os minutos finais, tem que analisar os 90 minutos.
Filipe Luís disse que Plata foi substituído com câimbras, sem lesão, e destacou o esforço que o time do Flamengo tem feito na parte física. Ele afirmou que convive com problemas físicos no elenco desde que chegou ao clube, mas que não usa esse fator como desculpas pela qualidade do time.
— Plata tinha câimbra, não tinha nada. Eu peço para eles um esforço muito grande. Para dar opção para jogar, marcar, atacar o espaço. Eleva muito o nível de exigência física. Desde que entrei aqui, convivo com esses problemas físicos. Mas isso nunca foi desculpa. O elenco é altamente qualificado.
— As peças de reposição são à altura. Fisicamente o time está bem, da mesma forma que esperávamos. Alguns meses têm mais problemas, outros têm menos. Até o Brasileirão são duas semanas, então temos tempo para chegarmos perfeitamente nas condições.
Com a vantagem, o Flamengo é campeão carioca em caso de empate ou nova vitória. A decisão será no domingo, no Maracanã, às 16h. O Fluminense precisa vencer por um gol de diferença para levar a disputa do título para os pênaltis, ou por dois ou mais gols de diferença para ser campeão no tempo normal.
Erros na recomposição defensiva
— Não acho que minhas escolhas influenciaram. Se aconteceu a culpa é minha. Eles juntaram muita gente na lateral, isso gerou dificuldade, mas não gerou perigo. O Luiz Araújo não marcou mal, ele correu o tempo todo. O Gerson também. Pode ser que no final eles estivessem cansados. Uma pena que levamos esse gol, mas faz parte do futebol.
Ayrton Lucas
— Está com um incômodo no joelho que limita a forma de desempenhar. Está fazendo um esforço, mas enquanto eu puder preservar é melhor. Se eu precisar eu vou usar.
Arrascaeta
— Ele voltou de uma lesão grave no joelho, ficou tratando nas férias. Perdeu uma parte da pré-temporada. Fizemos um controle da minutagem. Conforme foi melhorando eu pude dar mais minutos. Ele é um jogador que cresce conforme vai tendo minutos. Os números dele podem melhorar, mas esses números agora não me interessam. Olho mais outros aspectos. Claro que espero mais dele, ele sabe que tem que melhorar. Tenho que tirar o melhor rendimento dele conforme for passando os jogos.
Wesley
— Não mudou nada o tratamento com ele. Eu não vou para a Seleção, quem vai é ele, vai ser com o treinador. O trabalho defensivo é específico da posição, não só com ele, mas com todos. Por ele ser rápido, às vezes confia muito na velocidade. Mas ele pode melhorar o posicionamento quer melhorar. Para mim esse é o diferencial dele.
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