Filipe Luís preferiu olhar para frente e evitou grandes lamentações depois de vencer o Atlético-MG por 1 a 0 na noite desta quarta-feira na Arena MRV, mas perder nos pênaltis por 4 a 3 e ver o Flamengo ser eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil. O técnico eximiu de culpa Wallace Yan ao ser perguntado sobre o jovem de 20 anos ter sido escolhido para cobrar o quinto e último pênalti e acabar desperdiçando (antes dele, Samuel Lino também perdeu uma cobrança):
— Eram os jogadores que batem melhor, que estavam disponíveis, estavam mais confiantes para bater. Eu mesmo já errei (estando) muito confiante em disputa de pênaltis. Pênaltis são pênaltis, a linha é muito fina entre vitória e derrota. A única coisa a dizer é que sinto orgulho dos jogadores que foram lá pegar a bola com coragem para bater — afirmou Filipe Luís, que saiu em defesa de Wallace Yan:
— Ele é um jogador que tem muita personalidade. Não se esconde, não se acanha para ninguém. Ele tem sido o foco das atenções, mas Lyanco não é santo, Everson e Hulk também não. Eles provocam. Entram nessas coisas de jogo. No futebol de alto rendimento, ninguém quer perder. E é assim mesmo. Desde que não tenha violência, tudo bem. Os dois times querem ganhar. O Atlético-MG venceu. O Wallace fez uma grande partida, fez o que estava no plano de jogo. Ele tem personalidade e muito futuro pela frente.
Filipe Luís também fez um desabafo ao ser perguntado se foi a melhor atuação do Flamengo desde que retornou da Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos. O técnico rebateu com veemência o que chamou de narrativa de que o clube está mal desde o Mundial:
— Se foi o melhor jogo após a Copa do Mundo de Clubes... Essa semana que acompanhei as narrativas que se criam de que o Flamengo está mal depois da Copa do Mundo. Se pegam 600 minutos de jogo de futebol e se resume em uma frase. Isso é um absurdo, uma mentira. O jogo do São Paulo foi completo e dominante. O primeiro tempo do Ceará foi um espetáculo. O primeiro tempo do Santos foi bom. O jogo contra o Fluminense foi controlado. Eles não chutaram no jogo.
— Desafio vocês a olharem quantas goleadas o Cuca levou nos últimos cinco anos para vocês verem se é fácil jogar contra a defesa do Cuca. Se resume tudo em uma simples frase. Meu time está bem, vão ter jogos melhores e piores. Vão ter desfalques, lesões. Vai jogar uns dias mal e uns dias bem. O importante é saber o que está sendo feito dentro do campo. Eles sabem bem e nunca deixaram de acreditar na ideia. Esse é o meu trabalho como treinador. Isso não se resume a um momento. Quando a gente ganhou do Galo no Brasileiro, eu li que éramos o líder pós-Mundial.
Filipe Luís em Atlético-MG x Internacional — Foto: Mateus Dutra/AGIF
Veja outras respostas de Filipe Luís:
— A decisão pela equipe titular passou primeiro por alguns que não viajaram, Bruno Henrique e Luiz Araújo, que não tinham condições de jogo, foram barrados. Alguns não poderiam começar porque vieram de férias, Lino, Royal e Saúl. O Arrascaeta sentiu um desconforto no último jogo. E montei com as peças que eu tenho um time, da mesma forma do primeiro jogo, suficiente para vencer e fazer um grande jogo. Foi como fizeram.
— Cebolinha estou muito feliz por ele, tem muito talento e futebol para dar. Fez um grande jogo e não era fácil em um campo sintético, pelo tendão de Aquiles, uma pena a Série A do Brasil acontecer isso. Foi muito bom o primeiro tempo, as ideias muito claras, poderíamos ter feito mais, mas claro que não é fácil. Atlético-MG é uma grande equipe, aproveito para parabenizar eles pela classificação, o Cuca pelos três jogos em alto nível essa semana. E nós temos que pensar para frente
Wallace Yan em Atlético-MG x Flamengo — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
— O Plata pediu para sair, parece que estava com um problema na lombar. Eu não sei. Eu não poupei nenhuma peça pensando no sintético. Claro que tem jogadores com problemas e que sofrem com isso, mas eles se colocaram à disposição. Lino, Saul e Emerson não estavam em condição de iniciar o jogo. Preferi ter 30 minutos deles bem, do que 60 minutos com risco de lesão. O Arrascaeta teve um desconforto no último jogo e podia ter um certo risco jogar hoje, por sorte jogou e não sentiu uma piora.
— Eu já falei uma outra vez. Série A... É uma pena para o espetáculo. É uma pena que isso aconteça. Infelizmente os clubes grandes do Brasil estão fazendo isso. Vai ser difícil fazer alguma coisa, quando são os grandes que fazem o movimento. É aceitar e esperar a proibição e a mudança.
— As cobranças do torcedor do Flamengo, rede social eu nem comento, é uma selva. Se você se guiar pelas redes sociais, não está a verdade ali. Estão pessoas colocando tudo para fora. A verdade está no estádio, quando você joga e torcedor tem a forma de transparecer o que está sentindo com vaias, aplausos, com protestos. Como falei para o seu companheiro, sou muito racional com o que está acontecendo. No jogo contra o Ceará, onde a gente foi muito criticado, foi um grande primeiro tempo, grandíssimo primeiro tempo contra um time que venceu o Cruzeiro fora de casa. Sempre falo para os jogadores a realidade de uma maneira racional, o Flamengo hoje é líder do Brasileiro com um jogo a menos. Essa é a verdade. O Flamengo não vai jogar bem sempre.
— Aí quando não joga bem a responsabilidade é toda do treinador. Eu sou o responsável por fazer esse elenco jogar bem. Lido muito bem com as críticas. E sou muito racional com o que está sendo feito. Muitas vezes, gosto de falar para eles, por mais que perca o jogo e jogue bem, ou o contrário, se joga mal e ganha, eu falo também. Só a longo prazo vamos saber o que vamos conquistar. Temos seis meses ainda e não podemos deixar uma onda nos levar para baixo do mar. Temos que colocar a cabeça no lugar, saber o que temos feito, se estamos dominando os jogos, atacando e defendendo bem, criando chances, se nossa fase defensiva está boa ou ruim. Com isso a gente se guia para tentar vencer os jogos e continuar evoluindo dentro da competição (Brasileiro) que é muito larga e ainda faltam muitos jogos.
— Críticas fazem parte do crescimento do atleta profissional. Quanto melhor ele puder lidar com as críticas, ele, Matheus (Gonçalves), Cleiton, Lorran, João (Victor), Evertton Araújo... Todos os jovens que passam por críticas, quanto melhor eles lidarem com isso, maiores como jogadores eles vão ser. Todos os jogadores que estão no meu elenco foram criticados em algum momento da carreira. Faz parte do processo. Ele tem que assimilar o antes possível e não deixar se abater. E voltar mais forte. Eu não tenho nenhuma dúvida que ele vai voltar mais forte.
— Me desculpa, mas somos obrigados a trabalha o máximo possível e dar a vida pelo o Flamengo. Ganhar a gente não controla. Ninguém controla. Nem eu, nem o Abel (Ferreira), nem o Cuca, nem o (Leonardo) Jardim. Nossa obrigação é dar a vida pelo escudo do Flamengo e colocar o Flamengo como prioridade. O elenco nos dá a condição de brigar pelos títulos, esse grupo vai lutar até o final. Eu tenho fé, confiança nesses jogadores. Eu confio a minha vida neles e que vamos fazer uma boa temporada até o final.
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