Após a demissão do técnico Tite, o Flamengo oficializou o ex-jogador Filipe Luís como técnico do time principal — ele comandava a equipe sub-20 rubro-negra e foi campeão do Intercontinental da categoria. O novo comandante do time carioca será apresentado oficialmente na tarde desta terça-feira, no Ninho do Urubu.
Veja algumas respostas do Filipe Luís
Apoio
— Agradecer ao carinho, sei que a expectativa é muito alta. E eu gostaria muito que a comunhão exista durante o jogo. Eu vi essa torcida ganhar jogo para a gente, eu senti essa energia. A gente precisa recuperar isso, que o estádio não esteja dividido. Que essa torcida esteja sempre animando o nosso time. Trabalho não vai faltar. Tanto eu quanto todos os jogadores vamos continuar dando a vida em campo para convencê-los em campo que eles devam apoiar a gente.
Gabigol
— Eu sei da capacidade que tem o Gabriel e eu darei a vida por todos esses jogadores para poder melhorá-los individualmente e fazer com que eles joguem de uma forma coletiva organizada, que eles sejam uma peça dessa engrenagem. Eu vou fazer tudo que está ao meu alcance para recuperar o melhor nível dele e o alto rendimento que ele já teve. E assim que ele começar a ser o Gabriel que eu conheci, ele vai voltar a ter os minutos que ele precisa para ter uma sequência. Vou estar para ajudar o Gabriel, mas não só o Gabriel, estou para melhorar a equipe. Vou tentar melhorar Gabriel, Bruno Henrique, Carlinhos e quem estiver no gramado em determinado jogo.
Jogo contra o Corinthians
— Realmente é pouco tempo em apenas dois treinos, mas vou fazer alguns ajustes necessários nessa equipe e, pouco a pouco, implementar o meu modelo de jogo. Quero que seja um time muito pressionante, incômodo para o adversário, que saiba competir em todas as fases do jogo, e que seja um time compacto. Espero poder ver isso nesse jogo, mas a gente sabe que joga contra um adversário que está numa crescente e que vem para incomodar. Desde ontem de manhã venho preparando e estudando ao máximo o Corinthians para fazer um grande jogo e recuperar o carinho da torcida.
Chegada rápida ao profissional
— Nunca pensei em começar diretamente no profissional. Não acredito que a idade traga experiência, mas sim as vivências que você teve. Eu tive muitas vivências no futebol, mas, sim, sou um treinador jovem. Por mais que durante muitos anos eu já pensasse como treinador e conversasse com treinadores, visitando-os na Europa durante as férias, não é a mesma coisa. Eu me preparei muito, mas não é a mesma coisa só se preparar do que vivenciar no campo. Essa passagem pela base era fundamental para conhecer. Montar metodologia de treino, ver realmente se o time conseguiria jogar da maneira que eu sonhava em casa.
— Pouco a pouco eu fui vendo essa evolução, fui me sentindo melhor, mais confortável em campo. Montei uma comissão que eu sempre falo: é importante sempre se cercar de pessoas mais inteligentes do que a gente. Consegui um grupo muito forte na minha comissão, que me ajuda muito, e eu sei delegar muito bem nesse sentido. E a gente montou um método de trabalho para quando chegasse a oportunidade, eu me sentisse o mais seguro e preparado possível.
Sonhos no Flamengo
— Meu sonho é ganhar quarta-feira, amanhã contra o Corinthians. Esse é o meu primeiro sonho. E, sinceramente, no domingo eu estava preparando o jogo contra o Porto Vitória, pela Copa do Brasil Sub-20. E eu não consigo no futebol, principalmente como treinador, pensar uma semana à frente. Penso jogo a jogo (três vezes), uma coisa que aprendi e que me fez muito bem como jogador. Obviamente que o objetivo do Flamengo é sempre lutar por tudo, e eu sei desse peso, não tenho medo e não fujo dessa responsabilidade.