Filipe Luís diz entender escolha do Vasco contra o Flamengo: "Eu tiraria o jogo do Maracanã"

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Filipe Luís concedeu entrevista coletiva após a vitória por 1 a 0, no clássico contra o Vasco , neste sábado, no primeiro jogo da semifinal do Carioca, e disse que entende a decisão do adversário em querer mandar a partida no Nilton Santos. O tema gerou debates e polêmicas ao longo da semana. O treinador afirmou que faria o mesmo que o rival, porém, lamentou o público pequeno no confronto - a partida teve 10.966 de público presente.

- Eu, particularmente, estou no futebol pela torcida. Eu amo a paixão que envolve o futebol extracampo. Tudo o que eu faço no futebol e o carinho, como vivi no Atlético de Madrid e no Flamengo , é o que me move. Não existe nada melhor que um estádio lotado. Entendo o que o Vasco fez, eu também tiraria o jogo do Maracanã, mas para a gente foi bom porque nos tirou do conforto e nos preparou para o que vem durante o ano. Mas o jogo foi no limite da agressividade.

Filipe Luís na coletiva após vitória do Flamengo sobre o Vasco — Foto: Letícia Marques

Filipe Luís também comentou sobre as dificuldades encontradas no jogo e a questão do gramado sintético do Estádio Nilton Santos, palco escolhido pelo Vasco para a partida.

- O problema são as expectativas que se criam. Todo mundo achou que chegaríamos no campo artificial e faríamos 5 a 0, mas não é assim. O anormal foi o primeiro tempo do jogo do Maracanã. O Vasco tem Vegetti e Coutinho, não é fácil. Queremos sempre melhorar e evoluir a cada dia. Primeiro tempo foi mais truncado, não tivemos muitas chances. No segundo tempo tivemos mais espaços e vieram várias chances de gols. Até fazer o gol o jogo foi todo nosso. Depois até tivemos mais chances.

Filipe Luís ainda rasgou elogios para Bruno Henrique após o atacante marcar o gol da vitória por 1 a 0. O técnico do Flamengo , que foi companheiro de BH nos tempos de jogador, afirmou que ele é muito especial.

- A importância do Bruno Henrique para o Flamengo ... É um jogador que chegou sem falar muito e continua sem falar muito. Fala somente no campo com números, com títulos, com gols, com sacrifício, sacrifício pelos companheiros, sacrifício pela equipe. Ele joga em qualquer posição que você coloca ele. Nos clássico os grandes jogadores aparecem, nos jogos mais difíceis onde se vê os melhores os jogadores, e o Bruno é um deles. Eu que fui companheiro dele. Fácil falar, mas a história, ela está aí, diante dos nossos olhos e é um prazer acompanhar de perto um jogador que continua fazendo história, independente onde joga, com a idade que joga, quanto joga. Ele é muito especial.

Varela titular e volta de Ayrton Lucas improvisado

- Primeiro porque o Varela está muito bem, ajuda muito a equipe. Dá muito estabilidade mesmo jogando improvisado na esquerda. O Ayrton Lucas sofreu uma lesão chata no joelho e vamos poupando um pouco. Não é a primeira vez que dobra de lateral, já fez isso jogando comigo.

Bruno Henrique comemora seu gol pelo Flamengo contra o Vasco Campeonato Carioca 2025 — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Gramado molhado

- Molhar o campo é fundamental. Quando chegamos à tarde estava muito quente, os jogadores disseram que estava queimando o pé. Os jogadores gostam que molhe, deixa o jogo mais rápido.

Público pequeno

- Eu, particularmente, estou no futebol pela torcida. Eu amo a paixão que envolve o futebol extracampo. Tudo o que eu faço no futebol e o carinho, como vivi no Atlético de Madrid e no Flamengo , é o que me move. Não existe nada melhor que um estádio lotado. Entendo o que o Vasco fez, também tiraria o jogo do Maracanã, mas para a gente foi bom porque nos tirou do conforto e nos preparou para o que vem durante o ano. Mas o jogo foi no limite da agressividade.

Filipe Luís comemora gol do Flamengo com Léo Ortiz — Foto: André Durão

Filipe Luís em Vasco x Flamengo — Foto: André Durão

Permanência de Luiz Araújo

- Grandes jogadores sempre serão assediados. Provavelmente todos tiveram propostas, é normal. Num clube com muitos jogadores convocados, estamos falando de um elenco diferente. O mais importante é que o Luiz ama o Flamengo e quer estar aqui.

Poucos espaços

- Os jogadores estão acostumados com essas adversidades que os adversários nos colocam. Quem joga tem que estar sempre ligado e atento para onde passam os espaços do campo. Os adversários vão defender de diferentes formas, e o treinador tem que entrar para encontrar um plano de jogo e encontrar espaços. Mas do outro lado o adversário também joga, o Vasco fez um grande jogo e tem um elenco subestimado. Eu confio nos meus jogadores. Aproveitamos para achar os espaços e ganhar.

Sistema defensivo

- Eu dou muito valor para a fase defensiva, que não é só zagueiro e lateral, é a equipe toda. Todos os jogadores participam. A fase defensiva é tão importante quanto a ofensiva. Sou fissurado em atacar, mas entendo que temos que saber defender. Poderíamos ter sofrido gol hoje, em algum momento vamos correr esse risco. Mas se for para perder quero que seja desse jeito. A longo prazo a fase defensiva tem o mesmo peso que a fase ofensiva.

Falas de Vegetti sobre confusão com Wesley e "sorte" no gol do BH

- Não vi o lance do Wesley, de onde eu estava, o que eu vi foi que ele tocou primeiro na bola e não pareceu falta. Não vai influenciar, o juiz não entra condicionado pelas falas.

- Não foi sorte, ele (Bruno Henrique) trabalha muito. Nada é por acaso.

Jogadores do Vasco reclamam com Wesley, do Flamengo — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

De la Cruz fora

- Teve um corte no pé que ele não conseguia usar chuteira e tênis, que não conseguia correr e treinar. Perdeu ritmo e está se recondicionando. No campo artificial alguns jogadores precisam de cuidado especial, e o De la Cruz é um deles. Se não fosse campo artificial ele jogaria. Não colocaria o Luiz Araújo, mas precisei e tirei com 60 minutos. Estamos rodando porque vamos precisar de todos os jogadores quarta e domingo. Tomei a decisão de não colocar o De la Cruz e daqui uns anos ele vai me agradecer por causa do joelho dele.

Mudança Plata e Luiz

Eu sabia que o Luiz estava sendo sacrificado na esquerda, que não é o melhor lado dele. Já jogou nesta função, mas com a perna trocada ele desequilibra menos. Também estava sentindo o Plata um pouco abaixo, decidi trocar os jogos e deu certo. Luiz sempre dá a sensação que vai gerar gol porque ele é um jogador com números. O bom do nosso elenco é esse, temos opções. Nosso elenco é muito completo.

Vegetti lamenta em Vasco x Flamengo — Foto: André Durão

Vantagem para o segundo jogo

Nenhuma vantagem. Sempre preparo a semana pensando em ganhar. Começo a semana como sempre em cima do nosso modelo e mais perto do jogo vou pensando no adversário. Para mim não muda nada e quero que não mude para meus jogadores. Que eles continuem com a ambição que têm.

Nota para time

- As notas quem dá são vocês. Eu avalio rendimento, se as funções estão sendo bem executadas. Hoje existem umas mudanças porque a bola é muito rápido. Eu avalio o movimento que está sendo efeito, a química dos jogadores... Tem dias que eles vão estar melhores, que vão acertar chutes que vão chamar de sorte. Ainda tem Pedro, Cebolinha, Michael... Jogamos de várias formas.

Gerson

O Gerson pode jogar em várias funções, é o coringa do Flamengo . Queria ter muitos atacantes e decidi colocar o Gerson mais recuado. Recuei e ajudei o Dorival, que essa é a posição que ele joga na seleção brasileira.

Sub-20

- Estou feliz, não sabia do resultado. Tirei dois jogadores da lista, Wallace Yan e Iago. No sub-20 tive muito debate com o Wallace, e ele cresceu muito. Esses meninos do sub-17 foram meu primeiro amor, agora estão vindo, treinando, vindo para o jogo. É muito legal o que estou vivendo com esses meninos. Amanhã vou assistir ao jogo para ver qual deles está batendo na porta. Tenho contato com Noval (diretor da base) e Cleber (técnico sub-20) e eles me dão feedback. É muito importante, são o futuro do clube que podem estar no profissional.

Importância do Pulgar e diferença de jogar ao lado do Gerson

- Pulgar é um jogadoraço, se fosse brasileiro estaria na seleção brasileira e seria titular. Não tem muitos jogadores como ele no mundo. É importantíssimo. As coisas que passei a ele com o Gerson são as mesmas que passo quando está com Allan, Evertton Araújo ou De la Cruz. Às vezes ele apoia mais. Ele lê muito bem o jogo e dá muito à equipe.

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Fonte: Globo Esporte