Filipe Luís destaca postura ofensiva e elogia evolução tática do Flamengo após vitória sobre o Bahia

Na vitória por 2 a 0 sobre o Bahia em Salvador, o Flamengo manteve 100% de aproveitamento sob o comando de Filipe Luís, que não poupou elogios aos seus jogadores pela postura ofensiva e pela pressão constante, mesmo correndo riscos. O treinador interino destacou a dificuldade de enfrentar a equipe de Rogério Ceni, mas mostrou-se satisfeito com o resultado e a aplicação tática do time.

“Foi uma grande vitória em um jogo muito complicado. Conheço bem o Bahia e o trabalho do Rogério. Em certos momentos, corremos riscos, mas é um risco que aceito correr. Quero que meu time pressione, que seja incômodo para o adversário. O Bahia, com certeza, é o time mais difícil de pressionar no Brasil, tem um meio-campo forte e joga muito bem com a bola. Sabíamos que para pressioná-los, era inevitável correr riscos”, analisou Filipe Luís.

Mesmo com a ausência de Everton Ribeiro, o Flamengo conseguiu neutralizar as principais investidas do Bahia e manteve a mesma intensidade até o final, uma característica que Filipe Luís espera consolidar em seu time. No entanto, o técnico reconheceu que a equipe precisa de ajustes para se tornar ainda mais competitiva.

“A equipe está seguindo bem as indicações, todos com a mesma ideia. Claro que precisamos ajustar alguns detalhes finos, mas estou muito feliz com a sincronia nos movimentos de pressão. Não é sempre que vamos pressionar perfeitamente, e sim, vamos correr riscos, mas faz parte do que estou pedindo”, acrescentou.

Filipe também comparou as estruturas táticas dos dois primeiros adversários sob seu comando — Corinthians e Bahia — e destacou as particularidades do time baiano, que, segundo ele, adotou uma saída de bola mais complexa, com o lateral-esquerdo posicionado mais baixo e o lateral-direito atuando como ala.

“Foi um jogo taticamente interessante. O Bahia joga num 4-4-2 losango, com uma saída a três, algo que torna a pressão muito mais difícil. É um sistema que é praticamente o antídoto para o nosso 4-4-2, mas com todos cumprindo o que foi pedido, a pressão funcionou bem”, completou o treinador.