O Flamengo , em partida válida pelo Campeonato Carioca feminino, aplicou a maior goleada da história da modalidade ao bater o Greminho por 56 a 0 neste sábado. Após o jogo, surgiram muitas críticas à FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) por abrir a competição para equipes amadoras, provocando o enorme desnível técnico visto no jogo de hoje.

Em sua defesa a FERJ soltou uma nota oficial ressaltando que organizou o Campeonato Carioca para incentivar a modalidade, incentivar sonhos e abrir portas, enfatizando não estar preocupada com aspecto técnico, que "vem em segundo estágio, no momento"

A nota ainda diz que “"Martas", Formigas, Sissis & cia não são fabricadas em laboratórios e nem brotam da terra sem ser plantada a semente.

Respondendo diretamente as críticas sobre a grande quantidade de equipes, a Fedração fez um questionamento de qual seria o critério e ainda usou uma analogia no mínimo diferente: “Fica a reflexão lembrando que não se pode enxergar somente a couve num molho de couve-flor.”

Veja na íntegra a nota da Ferj

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro teve como princípio, ao organizar o Campeonato Carioca Feminino de Futebol, incentivar a modalidade, abrir portas para a realização de sonhos e oportunidades para inúmeras atletas. A visibilidade está à frente como fonte de geração de talentos.O aspecto técnico vem em segundo estágio, no momento.

"Martas", Formigas, Sissis & cia não são fabricadas em laboratórios e nem brotam da terra sem ser plantada a semente. Aos que criticam a quantidade de clubes, qual o critério para se limitar o número de competidores ou ser excludente na primeira edição cujo objetivo principal tem por foco gerar oportunidades, atrair interesses, materializar sonhos e colher subsídios para os devidos ajustes para delinear o futuro? Fica a reflexão lembrando que não se pode enxergar somente a couve num molho de couve-flor.. Vale lembrar que a Copa do Brasil começa com mais de 80 clubes e com diferenças técnicas exuberantes.

Faremos, sim, reflexões a partir dessa edição, mas jamais deixaremos de exaltar vencedores e vencidos, independentemente do resultado de suas respectivas partidas. Aplaudimos o fair-play e a coragem das atletas, bem como os clubes que se propuseram ao primeiro passo de importante caminhada. Continuaremos com nossos objetivos mas sem deixar de abrir a porta da esperança.