Familiares de vítimas se revoltam com postura do Flamengo em mediação: 'Não nos sentimos acolhidos'

A tentativa de mediação entre Flamengo e parentes das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu terminou em revolta no lado das famílias nesta quinta-feira. Após o encontro no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que durou cerca de 2h30m, familiares de jovens que morreram na tragédia do último dia 8 reclamaram da ausência de membros da diretoria rubro-negra e chegaram a classificar como "brincadeira" e "tortura" a postura do clube.

Na mediação desta quinta, o Flamengo aumentou um pouco a proposta feita inicialmente ao Ministério Público, que variava de R$ 300 mil a R$ 400 mil de indenização. Manteve, porém, a ideia de pagar um salário mínimo mensal por dez anos como pensão para as famílias.

O MP, que havia proposto R$ 2 milhões de indenização e pagamento de salários de R$ 10 mil mensais até o ponto em que os atletas completariam 45 anos, recusou o acordo do Flamengo, que partiu então para a mediação. A manutenção dos valores por parte do clube, no entanto, causou incômodo nas famílias.

- Estou perplexo com a atitude do Flamengo. É uma falta de respeito com os pais. Estão brincando com a vida dos nossos filhos. É tortura o que o Flamengo está fazendo conosco - afirmou Cristiano Esmério, pai do goleiro Christian Esmério, que tinha 15 anos.

- Viemos aqui como bobos, palhaços, desamparados por todos. Não nos sentimos acolhidos, principalmente pelo Flamengo - completou Cristiano, bastante abalado.

Fonte: Extra