Ex-VP rebate nota oficial do Flamengo sobre compra de clube português

Nela, o Flamengo afirma que Tostes liderou o projeto que previa controle societário do clube mediante o pagamento de "milhões de Euros" por parte do Rubro-negro.

Entretanto, no material elaborado para apresentação do projeto, ao qual o blog teve acesso, os gastos ficariam a cargo de investidores. E o Flamengo entraria com a marca e com o conhecimento sobre o futebol e não faria aporte financeiro.

“A nota oficial é mentirosa! Basta uma só leitura do material que apresentamos para diversos investidores e comprovar o seguinte: (i) o Clube não faria aporte financeiro e essa sempre foi a premissa mais importante do projeto, (ii) a consultoria somente sugeriu a parceria com times que disputavam a primeira divisão do campeonato português pelos motivos óbvios da baixíssima relevância e da segunda divisão do campeonato português e; (iii) a mesma consultoria e o banco seriam remunerador pelo investidor e somente em caso de sucesso do projeto. Em suma, a nota oficial é uma grande mentira e fumaça eleitoreira veiculada com recursos e marcas do Clube, ou seja, uso imoral da máquina administrativa.” afirma Tostes ao blog.

O material foi elaborado por Tostes com apoio de Claudio Pracownik, que ocupou o mesmo cargo no clube e faria a intermediação do negócio através da sua antiga empresa, a Win The Game. Na peça, toda em inglês, fica claro que a forma de capitalizar o negócio seria através de parceiros.

Segundo a nota do Flamengo, que não foi assinada por nenhum dirigente, a operação liderada por Tostes e Pracownik "demandaria o pagamento de milhões de Euros, dos quais relevante parte seria paga pelo Flamengo, e ficando ajustado, ainda, que a empresa do Sr. Claudio Pracownik exerceria a gestão do negócio por, no mínimo, um ano e receberia uma elevada remuneração pela assessoria na operação societária e pela gestão do negócio".

Acontece que a contratação da empresa de Pracownik foi feita pelo presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, que hoje direcionou interesse para a compra de outro clube, o Leixões, de Portugal.

Na ocasião, Landim assinou o contrato de prestação de serviço com a Win The Game e deu para a empresa a missão de buscar investidores para o negócio com o clube português. Como o Tondela foi rebaixado, e a previsão era de parceria com equipes de primeira divisão, o tema foi esvaziado.