Aposentado dos gramados desde o fim de março, Marcelo Moreno virou peça fundamental em ações em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. O ex-atacante, com passagens marcantes pelo Grêmio , Cruzeiro, Vitória e Flamengo, liderou um grupo com cerca de 20 voluntários que, em menos de um mês, já movimentou 11 helicópteros e mais de R$ 5 milhões, entre contratação de transporte aéreo e compra de donativos.
Desde que anunciou a aposentadoria, Moreno vive na capital gaúcha junto com a família. A esposa, Marilisy Antonelli, nasceu na cidade de Guaíba, vizinha a Porto Alegre. Os dois passaram as últimas semanas coordenando a saída de doações por via área.
Um total de 11 helicópteros foram utilizados, todos saindo da capital e realizando cerca de 30 voos diários, cada um. Os deslocamentos custam R$ 9 mil. Moreno disponibilizou também uma aeronave e mobilizou outras dez.
Desde o início das enchentes, na primeira semana de maio, o boliviano atuou com doações de alimentos, água, materiais de higiene e medicamentos. Moreno chegou, até mesmo, a transportar bolsas de sangue para transplantes em casos de urgência. O grupo chegou a registrar movimentação de 50 toneladas de alimentos por dia.
Entre doações do grupo e arrecadações, o time de Moreno afirma que a movimentação chega a mais de R$ 5 milhões, em valores que refletiram em contratação de transporte aéreo, compra de alimentos, água, itens de higiene e medicamentos.
Além da capital gaúcha, as doações chegaram em cidades como Canoas, Lajeado, Estrela, Eldorado, São Jerônimo, Progresso e Charqueadas.
As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul afetaram 475 dos 497 municípios do Estado e causou 172 mortes. O RS tem 579.457 desalojados e 37.154 pessoas em abrigos.
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