Estratégias em choque: Fla encara o Grêmio com quase 50% a mais de minutos jogados no pós-Copa

Virou rotina para Maurício Barbieri e Renato Gaúcho responder a perguntas sobre as estratégias adotadas para administrar os elencos de Flamengo e Grêmio durante a temporada. Enquanto o primeiro não prioriza competições e escala o que tem de melhor a cada partida, o outro promove um revezamento entre titulares (nos torneios de mata-mata) e suplentes (no Brasileiro). Após o jogo desta quarta, às 21h45, no Maracanã, quando somente um deles avançará às semifinais da Copa do Brasil, estas escolhas serão comparadas. Para o bem e para o mal.

É fato que as duas estratégias visam o melhor aproveitamento dos jogadores até o fim da temporada e não apenas no jogo de hoje. Portanto, a classificação não determinará o sucesso de uma ou de outra. Mas também é fato que os rubro-negros chegam à primeira decisão no semestre com quase 50% a mais de minutos jogados no pós-Copa em relação aos gremistas.

Enquanto o provável time que Barbieri levará a campo hoje soma 5.975 minutos de atuação somente neste semestre, seu adversário registra 4.093. Individualmente, apenas dois jogadores do Flamengo jogaram menos no período do que seus equivalentes do outro lado do campo: Henrique Dourado (87 minutos, contra 296 de André) e Vitinho (204 minutos, contra 362 de Everton).

— Não nos preocupamos neste sentido. Cada um usa a estratégia que entende ser melhor. E não existe estratégia certa ou errada. Errado é o calendário, que proporciona este tipo de situação e só expõe os jogadores a um risco maior de lesão. A discussão deveria ser em cima do calendário. Mas muitas vezes o discurso é de conveniência — reclama Barbieri.

O calendário não é o único inimigo neste caso. Em ano eleitoral, a diretoria não pode ser acusada de abrir mão de nenhuma competição, sob o risco de deixar o poder no próximo triênio. O pleito será no fim do ano.

— Pressão externa e interna sempre existe. No Flamengo, a gente tem que entrara em campo para ganhar sempre. Não teve nenhum jogo em que falei: “Hoje a gente não precisa ganhar”. Mas a gente vem trabalhando isso, a parte psicológica. Afinal, o fator mental é sempre importante em qualquer decisão. Muitas vezes fator de desequilíbrio — afirmou o técnico.

Editoria de arte do Extra
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Fonte: Extra