Estádio próprio do Flamengo prejudicaria o Maracanã? Saiba como o Governo do Rio encara a possibilidade

O que antes era apenas comentado nos bastidores agora se tornou oficial.

O Flamengo terá que firmar um acordo com o governo do Rio de Janeiro para viabilizar a construção de seu estádio em um terreno de 87 mil metros quadrados, localizado na área do Gasômetro.

Para obter o apoio oficial e os recursos necessários, estimados em cerca de R$ 1,5 bilhão, visando a construção de uma arena para 85 mil espectadores, inspirada no estádio do Borussia Dortmund, será preciso estabelecer um número mínimo de partidas a serem realizadas no Maracanã.

Atualmente, uma parcela considerável do dinheiro gerado nos jogos do Flamengo fica com o Maracanã. O clube, como mandante, leva entre 40% e 50% da arrecadação para a Gávea, enquanto equipes como Palmeiras e Corinthians, com seus próprios estádios, conseguem arrecadar muito mais.

Por exemplo, a Neo Química Arena oferece em média 75% da receita aos cofres do Corinthians, enquanto o Allianz Parque contribui com 73% para o Palmeiras. Consciente desse 'desperdício', o presidente Rodolfo Landim está disposto a aceitar o acordo proposto pelo governador Cláudio Castro.

Esse acordo envolveria reservar uma porcentagem de jogos do Flamengo no Maracanã, mesmo após a construção do estádio próprio, embora por um período limitado, não de forma permanente. Em troca, o clube receberia apoio político na aquisição do terreno e na construção da arena.

A diretoria do Flamengo está bastante otimista em relação a esse empreendimento e prevê a venda dos direitos de nome do estádio por R$ 1 bilhão. O objetivo do clube não é apenas construir uma arena, mas também ter autonomia na sua administração, visando gerar receita não apenas com jogos de futebol, mas também com eventos como shows.

Tanto na Gávea quanto no governo estadual do Rio de Janeiro, há um otimismo compartilhado de que o tão sonhado estádio do Flamengo será construído na área do Gasômetro, sem que o Maracanã se torne um 'elefante branco' obsoleto.

Fonte: S1Live