Entraves em terreno de estádio do Flamengo fazem nova diretoria adotar cautela sobre prazos e levar projeto à estaca zero

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A nova diretoria do Flamengo, presidida por Luiz Eduardo Baptista e pelo vice Flavio Willeman, adotou ainda mais cautela sobre a construção do novo estádio no terreno do gasômetro. O novo estudo de viabilidade contratado leva em consideração a ausência de custos claros para a execução da obra por parte da diretoria anterior, e também um entrave com uma tubulação de gás no mesmo terreno.

Segundo fontes da atual gestão informou ao blog, tudo foi feito sem os devidos cuidados pela administração anterior. Compraram o terreno sem avaliar todas as consequências e custos para tirar o estádio do papel, o que é feito agora após a contratação da Fundação Getúlio Vargas.

Nesta quarta-feira, Bap foi comunicado oficialmente pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa) que o avanço das obras “está condicionada à definição de uma solução para transferência” da infraestrutura do serviço de gás canalizado, “dentre eles a Estação de Regulagem e Medição (City Gate)” que se encontra dentro da área arrematada pelo clube em leilão.

A informação publicada pela jornalista Berenice Seara é o mesmo tipo de formalidade que já havia sido feita com o mandatário anterior do clube, Rodolfo Landim, no fim do ano passado. Mas a antiga gestão do Flamengo estava alinhada com a Prefeitura do Rio, que se comprometeu a assumir os custos da retirada da tubulação do terreno comprado junto à Caixa Econômica.

"Adversários ocultos do estádio do @Flamengo, parem de criar problemas aonde não tem. Eu e o deputado @pedropaulo já informamos que essa questão será de responsabilidade do município. Parem de chatear pq eu não aguento mais defender o Flamengo", disse Paes nesta quinta-feira.

Estaca zero

O foco de Bap desde que assumiu foi entender o custo de toda essa obra para o Flamengo. Apesar dos projetos apresentados pela gestão anterior, com projeções e imagens da área do estádio e do entorno, o estudo de viabilidade econômica foi considerado insuficiente, embora tenha projetado R$ 1,9 bilhão em despesas. Ele está sendo refeito, para se entender quanto custa a obra e quando tempo ela vai durar com os obstáculos já conhecidos e o fluxo de caixa previsto pelo clube para isso.

Portanto, não é possível confirmar o fim das obras para 2029, na visão do novo grupo. A ideia é fazer o estádio quando der, sem comprometer o futebol. A indefinição a respeito dos custos para o clube fazem o projeto voltar à estaca zero.

Membros da gestão Landim entendem que Bap desde o início era contra a construção do estádio e que usará as dificuldades que surgirem como um "eu avisei". Na visão da ala política ligada à administração anterior, a nova diretoria acredita que o estádio próprio não é um bom negócio para o Flamengo e que basta ficar com o Maracanã, cuja concessão durará mais 20 anos.

Fonte: O Globo