Oficialmente dono do terreno do Gasômetro, o Flamengo ainda tem alguns passos a cumprir até que possa dar início nas obras, previstas pelo clube para terminarem em novembro de 2029, ou seja, daqui cinco anos. Entre burocracias e outras questões mais práticas, a diretoria do rubro-negro estima que as obras começarão daqui 18 a 24 meses. E o GLOBO explica o que precisa acontecer até lá.
Elaboração de projetos
O primeiro passo que o Flamengo precisa ter para começar a tirar do papel o sonho de construir o estádio próprio é a elaboração de um projeto base. Nessa etapa, arquitetos de uma empresa que ainda será escolhida pelo clube desenharão a planta da nova arena, mostrando as dimensões da construção, que terá capacidade para 70 a 80 mil pessoas, e outros pontos importantes, como os arredores do local, a previsão do valor que será investido e o cronograma, com tempo de obra.
Quase que em paralelo à isso, como apontou o presidente Rodolfo Landim na cerimônia que oficializou a posse para o Flamengo, na última quinta-feira, deve ser preparado também o projeto executivo. Este, feito em conjunto por arquitetos e engenheiros, conterá também questões mais técnicas e práticas, como as construções de energia, água e esgoto que deverão ser realizadas durante a obra.
Licenciamento
Quando o projeto feito pelos arquitestos estiver pronto, o Flamengo terá que entrar com uma série de pedidos de licenciamentos que são necessários para o início das obras. Entre as “instituições” contatadas, estão o Corpo de Bombeiros, a Prefeitura e a Câmara de Vereadores.
Escolha de construtora e angariação de recursos
No meio disso tudo, o Flamengo também precisará escolher a construtora que será a responsável por realizar as obras do novo estádio. Assim como nos processos dos projetos básicos e executivos, é provável que o clube realize uma espécie de licitação para escolher a melhor empresa.
Em julho, o colunista Lauro Jardim revelou que a Odebrecht e a Queiroz Galvão estão entre as possíveis concorrentes.
Além disso, o clube também precisará angariar os investimentos para a realização das obras. Entre algumas ações previstas, estão as vendas de apartamentos de um prédio que o clube é dono de 30%, no Morro da Viúva, a venda de Naming Rights do estádio e também a transferência do potencial construtivo da sede da Gávea, que necessita da aprovação da Câmara dos Vereadores.
Além disso, o clube também tem a previsão de inaugurar em breve um projeto que contará com a participação de torcedores, batizado de “tijolinho virtual”. Nele, os rubro-negros poderão doar determinada quantia e serem homenageados com o nome num telão, ao longo das obras, e posteriormente em um determinado setor do novo estádio do clube, quando este estiver pronto.