Entenda como o Flamengo tentará se equilibrar entre intensidade e lesões para o restante da temporada

Com as mudanças de diretoria e de metodologia diante das trocas no departamento de futebol, incluindo o setor de saúde e performance, mudou também a filosofia em relação às lesões.

A partir do diagnóstico de que o clube era um dos que mais tinha atletas lesionados nos últimos anos, a nova direção estabeleceu alguns critérios para que o elenco performance durante todo o ano.

O que mudou

A premissa é que o time de Filipe Luís vai ser escalado e rodado para manter a intensidade vista neste começo de 2025. E que atletas que atendam a essa demanda terão mais presença em campo.

Desta forma, muitos dos talentos do Flamengo foram preservados de alguns jogos, para que se adaptem ao novo ritmo de jogo, de pressão alta e mais exigência física.

O departamento médico realizou testes e constatou que os atletas não estavam acostumados a esse ritmo, sobretudo nomes como Arrascaeta e De La Cruz, dois dos mais preservados.

Mesmo o que são tidos como mais físicos, como Bruno Henrique, Cebolinha e Michael, sofreram com problemas musculares, que atingiram também os veteranos Alex Sandro e Danilo.

Exigência por minutagem mínima

A filosofia de controle de carga exige minutagem mínima de acordo com a característica do jogador. Ela foi aplicada no Estadual e vai valer para o Brasileirão.

A expectativa é que entre junho e agosto, a partir do Mundial de Clubes, os atletas estejam em melhores condições do que nos últimos anos, quando alguns se lesionavam neste período.

Dentro da nova política da diretoria, alinhada com os profissionais de saúde, os atletas serão submetidos a intensidade máxima quando estiverem 100%.

Em caso de lesões, como tem acontecido, os jogadores serão recuperados com paciência e só retornarão quando puderem ser novamente submetidos ao mais alto nível de exigência.

Busca por jogadores mais físicos

Por conta disso, a nova direção entende que precisará trabalhar com um elenco maior. E avalia investimentos em jogadores com características distintas dos atuais, mais físicos.

Nas escalações, Filipe Luís tem deixado claro que esse variável vai pesar para que a intensidade seja preservada durante o maior tempo possível.

Em função da mudança no departamento médico, mudou também a ideia de parar o atleta quando ele sente qualquer desgaste. Apenas se houver risco de lesão haverá o controle de carga.

Com o auxílio de uma larga base de dados, a intenção é não haja brecha para que os treinamentos contribuam para as lesões. E que se elas vierem, o clube ofereça estrutura para otimizar a recuperação.