O que você faria se fosse o próximo adversário do Flamengo ? Imagine a situação do Avaí , que no sábado enfrentará o rubro-negro e continuará lanterna do Brasileirão mesmo se vencer o Fluminense nesta segunda-feira à noite.
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O desempenho do Flamengo diante do Palmeiras foi um caso até assustador de amplo domínio de um concorrente ao título sobre o outro. E quem viu isso de perto foi o presidente do clube catarinense, Francisco Battistotti. Era o aniversário de 96 anos do Avaí, mas o dirigente foi um dos mais de 60 mil no Maracanã, já que antecipou a vinda para o Rio.
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Hospedado na Barra da Tijuca, Battistotti viu um Flamengo que empolgou a torcida, dominou amplamente a posse de bola e foi mortal nas chances criadas.
O Avaí faz uma campanha que o torna candidato quase irreversível ao rebaixamento. São só sete pontos. Em 16 jogos, nove derrotas, sete empates e nenhuma vitória. Zero.
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Chega a ser intrigante o que acontece com o time treinado por Alberto Valentim. Tudo bem que o elenco, de fato, não é lá essas coisas, mas é para tão pouco?
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Faltam três jogos para o fim do turno do Avaí: além do Fluminense, o já citado Flamengo e ainda o Athletico-PR, na Arena da Baixada. Na rodada atual, os concorrentes CSA e Chapecoense perderam. Nada mudou.
A essa altura, o América-RN, dono da pior campanha da história dos pontos corridos, já tinha dez pontos (com três vitórias) no campeonato de 2007. O Avaí já tem aproveitamento pior e tende a virar o turno com marca inferior a do time potiguar. Negativamente, a campanha já é histórica.
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A fase anda tão ruim que o clube não conseguiu cumprir o prazo dado pela CBF para instalar um gerador na Ressacada. Diante da impossibilidade de usar a própria casa, vendeu o jogo contra o Flamengo para o Mané Garrincha, em Brasília. Ou seja, é como se o mando fosse do próprio Fla.
O Avaí dá sinais de resignação e de que já pensa na transição para a próxima temporada na Série B. O clube não faz contratações para evitar estouro no orçamento — o que é um ponto positivo, diante do cenário do rival Figueirense, que patina na Segundona.
O elenco tem conhecidos do futebol carioca, como o atacante Brenner (ex-Botafogo), o meia André Moritz (ex-Fluminense) e o lateral-direito Léo (ex-Flamengo).
Enquanto a diretoria admite erros nas contratações, já se discute a possibilidade de renovação contratual de Alberto Valentim. Ele comandou o time após a saída de Geninho, durante a Copa América, e tem oito jogos no time: três dos sete empates até aqui. Apesar da falta de resultados, a diretoria gostou do trabalho.
Com um cenário tão negativo, imaginar qualquer coisa diferente de derrota nos próximos jogos já será lucro para esse combalido Avaí.