Em nota, Flamengo se posiciona após e-mails divulgados e diz que 'providenciou reparos com celeridade'

Enquanto Flamengo e Fluminense se enfrentavam pelo Campeonato Brasileiro, na útima quarta-feira, o Rubro-Negro divulgou uma nota oficial em suas redes sociais para se posicionar sobre os e-mails que revelaram que o clube tinha ciência dos problemas elétricos no Ninho do Urubu antes do incêndio que vitimou dez atletas das categorias de base.

O Flamengo informou que "providenciou com celeridade e perícia todos os reparos e melhorias devidos no CT" e informou estar às ordens das autoridades.

"Diante das informações publicadas em reportagem do UOL, nesta quarta-feira (9), com relação a possíveis causas do incêndio no Centro de Treinamento George Helal, no dia 08/02/2019, o Clube de Regatas do Flamengo vem a público reiterar que, não obstante os elementos relatados na matéria (troca de e-mails) tenham ocorrido na gestão anterior, segue à disposição das autoridades para quaisquer averiguações necessárias sobre o incidente.

Lembramos que a atual gestão do Clube providenciou com celeridade e perícia todos os reparos e melhorias devidos no CT, que hoje dispõe de alvará, aprovação dos Bombeiros e todas as liberações necessárias para pleno funcionamento, prezando a segurança de todos os atletas e colaboradores que frequentam o local", diz a nota divulgada.

Entenda o caso:

O Flamengo sabia das condições precárias do alojamento do CT da base que pegou fogo e nada fez desde 2018, conforme troca de e-mails entre ex-funcionários do clube e documentações. As inconformidades nas instalações elétricas dos ar-condicionados foram apontadas em relatório finalizado em março de 2019, pela empresa Anexa.

No parecer enviado à atual diretoria do clube, ao qual o EXTRA teve acesso, são listadas uma série de irregularidades que permaneceram no contêiner após o incêndio, como provam fotos feitas no local. Como o alojamento seria retirado para a inauguração do novo módulo profissional, não houve intervenções.

"As irregularidades abaixo não serão tratadas no momento, pois, conforme informação, o local será demolido e substituído por novas instalações até o final do ano de 2018, deixando claro que caso haja fiscalização e autuação o argumento mesmo que evidente não justifica a irregularidade, ficando a critério do órgão fiscalizador a penalidade ou intervenção", diz uma das trocas de e-mails, publicadas inicialmente pelo UOL.

Os documentos detalhados no relatório foram obtidos pela empresa com autorização do próprio Flamengo, que encomendou vistoria no CT ainda em fevereiro do ano passado.

O relatório ficou pronto em março e nunca foi divulgado. A Anexa exigiu acesso irrestrito às rotinas administrativas do Flamengo para emitir o parecer técnico sobre a possível causa do incêndio, entre e-mails, documentos e profissionais do clube.

Recentemente, Flamengo e Anexa romperam relações e brigam na Justiça. A empresa usou os relatórios para provar que prestava serviço para o clube, embora este alegue que pagou um valor e não teve entregue o esperado. Tudo isso consta no processo da interpelação criminal movido pelo Flamengo, que não pediu segredo de Justiça.

Fonte: Extra
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