Em jogo com brigas, expulsões e ameaça de abandono, Flamengo vence o Vasco no Super 8

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O clima de rivalidade esteve no ar durante todo o clássico. No início, as disputas estavam intensas, mas controladas, até que, no terceiro quarto, uma disputa por rebote gerou confusão generalizada. Humberto, do Vasco, empurrou Galizzi, e o jogador do Flamengo perdeu o controle. Os dois acabaram expulsos após longa revisão da arbitragem no vídeo. Marquinhos também foi excluído, uma vez que discutiu asperamente com o técnico Gustavo de Conti. O comandante rubro-negro, inclusive, diz ter sido agredido pelo atleta vascaíno.

- Eu entrei para separar. O treinador e o assistente técnico podem entrar (em quadra) para separar (a confusão), e ele (Marquinhos) covardemente me agrediu, deu uma cotovelada no meu peito - alegou Gustavinho.

No quarto período, o comandante do Vasco, Léo Figueiró, também foi expulso, por três faltas técnicas. Pouco depois, a delegação cruz-maltina reclamou do comportamento da torcida do Flamengo, alegando que arremessou objetos na direção da delegação adversária. Foi aí que os vascaínos deixaram a quadra e se dirigiram aos túneis. A partida ficou paralisada por cerca de 30 minutos e só foi retomada depois que a polícia entrou em ação no Maracanãzinho.

- Eu fui expulso antes, com a terceira técnica, mas, pelo que eles falaram, arremessaram coisas aqui no nosso banco, na nossa diretoria. É lamentável um jogo que estava muito bom, disputado, ser permeado de brigas, expulsões. Perde todo o brilho, infelizmente - disse Léo Figueiró, enquanto o Vasco estava fora de quadra.

O Vasco ainda ficou sem Jamaal, Eugeniusz e Eddy, todos excluídos com cinco faltas individuais. No total, o time de São Januário terminou a partida sem cinco jogadores.

Quando o jogo foi paralisado, o placar apontava 79 a 69 a favor do Flamengo, que se manteve à frente do marcador, saiu como vencedor e avançou às quartas do Super 8. A ampla diferença no marcador, inclusive, foi coisa rara no clássico. Enquanto o cronômetro rodou, os times não conseguiram construir grandes vantagens e se alteraram na liderança. Uma boa sequência em arremessos de três foi o que permitiu ao Rubro-Negro se aproximar do triunfo na reta final.

Classificado para as semifinais do Super 8, o Flamengo vai enfrentar o Franca, que bateu o Pinheiros por 91 a 59 na tarde deste domingo . A outra semi terá Minas x Brasília.

O time do Vasco teve um bom início de partida. A equipe cruz-maltina chegou a ter uma vantagem de sete pontos: 9 a 2. No entanto, o Flamengo, embalado pela torcida presente no Maracanãzinho, conseguiu se recuperar, virando o placar para 11 a 9. A partir daí, o Rubro-Negro dominou o quarto. O bom aproveitamento nas bolas de três (50%) foi fundamental para fechar o período em 29 a 24.

O segundo quarto de partida ficou marcado por equilíbrio ainda maior. Foram seis alternâncias na liderança do placar. O Vasco conseguiu se encontrar no jogo com a evolução de Marquinhos. Mesmo muito vaiado e criticado pela torcida rubro-negra, o camisa 11 vascaíno marcou nove pontos no primeiro tempo. O jogo cruz-maltino passava muito pela mão dele. No entanto, a atuação coletiva do Flamengo garantiu que a equipe fosse para o vestiário vencendo por 43 a 41.

Perto dos seis minutos restantes para o fim do terceiro quarto, instaurou-se uma confusão em quadra. Depois de uma disputa de bola entre os jogadores no garrafão do Flamengo, Gallizi e Humberto se estranharam e trocaram ofensas e empurrões. Gallizi estava muito alterado e foi contido por companheiros de equipe. Na confusão, Marquinhos discutiu com o técnico do Flamengo, Gustavinho. Gallizi, Maquinhos e Humberto foram excluídos da partida. Após a confusão, o Vasco permitiu a maior vantagem na partida até então, de 12 pontos, mas conseguiu se recuperar. O Flamengo foi para o quarto final vencendo por 63 a 61.

Na volta para o último período, o Vasco chegou a empatar a partida. Mas, com bom aproveitamento nos arremessos de três, o Flamengo logo restabeleceu uma vantagem de 10 pontos. Foi aí, então, que a grande confusão estourou, e os vascaínos se retiraram de quadra. Ao todo, a equipe cruz-maltina teve cinco jogadores e o técnico Léo Figueirófora. Jamaal e Eddy forçaram a quinta falta para deixarem o clássico.